Na última sexta-feira (18), o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) confirmou a morte de seu principal dirigente, Iahia Sinuar. O líder do birô político do Hamas, que assumiu o posto após o assassinato de Ismail Hanié, foi morto em combate com as tropas de ocupação na cidade de Rafá.
Sinuar foi uma figura lendária para a resistência palestina, tendo sido o arquiteto da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, no 7 de outubro do ano passado, que viria a causar uma crise nunca antes vista para “Israel”. Nascido num campo de refugiados, o dirigente passou décadas de sua vida preso, se tornando um verdadeiro herói para o povo palestino. Seu martírio será lembrado por todos aqueles que seguirão lutando de armas na mão, servindo de exemplo e inspiração para toda a resistência.
Na Análise Política da Semana, o presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta, prestou uma homenagem ao guerreiro do Movimento de Resistência Islâmica e à organização como um todo.
“Os dirigentes e militantes do Hamas, nesse momento, no planeta Terra, são as pessoas que têm a maior envergadura moral diante de todos os seres humanos.”
Pimenta opôs a heroica luta do povo palestino, liderado pelo Hamas à postura absolutamente criminosa e desumana de seus inimigos, do sionismo e do imperialismo.
“Há poucas pessoas no mundo que têm esse tipo de coragem para defender uma causa. [Os militantes do Hamas] vão em frente olhando a morte nos olhos.”
O problema da esquerda nacional e internacional é não reconhecer o valor dessas pessoas. E esse pessoal da esquerda não teria nenhuma capacidade de enfrentar uma luta séria com essas concepções. Desde a Operação Dilúvio de Al-Aqsa, esses setores da esquerda apenas lamentam as mortes causadas pelos sionistas, mas não honram a luta da resistência. Essas pessoas procuram justificativas para assumir essa posição capituladora e covarde, mas apenas revelam sua própria incapacidade política.
Após um ano de intenso genocídio na Faixa de Gaza, o máximo que a esquerda consegue fazer é se comover minimamente com as vítimas, sobretudo com as mulheres e crianças. É de se chamar a atenção o fato de praticamente ninguém na esquerda brasileira anunciar o assassinato de Sinuar e prestar a devida homenagem a uma pessoa que morreu lutando pela causa que acredita. E a causa palestina não é uma luta qualquer, é uma luta internacional, que representa a luta de todos os povos oprimidos contra o imperialismo.
Para Hanié, Sinuar, Nasralá e todas as importantes lideranças do Oriente Médio martirizadas em luta contra o sionismo, a morte é uma honra. Para os povos islâmicos e para aqueles que lutam pela libertação do seu povo, o martírio serve como uma grande inspiração para aqueles que continuarão lutando.
Diante disso, é importante deixar claro a necessidade de se defender integralmente a ação do Hamas. O Movimento de Resistência Islâmica não é somente um grupinho isolado, é o próprio povo palestino em luta. E aqueles que não reconhecem essa luta, estão cumprindo um papel lamentável na história do movimento operário.
Está em curso uma verdadeira revolução na Palestina e o setor majoritário da esquerda não reconhece isso. Um povo que pegou em armas para libertar seu País e que resiste bravamente contra um inimigo apoiado pelos países mais ricos do mundo são os verdadeiros heróis.
O martírio de Iahia Sinuar é mais um episódio da crise do sionismo, que está com seus dias contados e cada vez mais próximo do fim. Sua luta será lembrada e mobiliza ainda mais pessoas na defesa da resistência palestina!