O Partido da Causa Operária (PCO) retoma hoje, no Centro Cultural Benjamin Péret (CCBP), o seu programa de formação política Universidade Marxista com o aguardado curso “Brasil: 500 anos de História – Uma Interpretação Marxista”. Ministrado pelo presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta, o curso visa completar o Módulo 2, intitulado “O Império Tropical”, abrangendo o período da Independência (1822) ao fim do Império, com a proclamação da República (1889). Após uma detalhada análise de todo o processo político nacional e internacional que impulsionam a Independência do Brasil na primeira parte do Módulo 2, a segunda debaterá o Primeiro Reinado, liderado por Dom Pedro I desde a Independência até a crise do trono e sua abdicação (1822 a 1831), o turbulento período regencial (1831 a 1840) e por fim, o Segundo Reinado (1840 a 1889).
Logo após a consolidação processo revolucionário, Argentina e Brasil entram em choque na chamada Guerra da Cisplatina. Ocorrido entre 1825 e 1828, o conflito termina com a perda da província, entretanto, sem que os argentinos tomassem posse da antiga colônia espanhola e atual República Oriental do Uruguai, que será um país independente desde então, em acordo intermediado pela Inglaterra.
Um desenvolvimento importante da guerra é que a economia nacional será arruinada pelo conflito entre as duas maiores nações sul-americanas, dando origem a uma crise inflacionária que três anos depois, tornará o reinado insustentável. Com uma economia dependente da importação de bens industriais e o Tesouro exaurido pela tentativa malfadada de manter a Cisplatina com parte Brasil, Dom Pedro I abdica do trono em 1831, retornando a Portugal, onde morreria quatro anos depois, acometido pela tuberculose. Um ano antes de sua morte, em 1834, derrota o reinado despótico de seu irmão, Dom Miguel, assim se torna o libertador de duas nações.
Já o Brasil, após a abdicação do monarca, viverá um período de grande turbulência, conhecido como Período Regencial. Dado que o príncipe herdeiro, Dom Pedro II, contava com apenas cinco anos, faltavam 13 para que atingisse a maioridade, o que leva o País passa a ser governado por regentes. Na prática, o País passa a ser uma República parlamentarista, com uma junta composta por três senadores encabeçando a chefia de Estado e de governo.
Nessa nova fase da história do Brasil, viverá um período de crises intermináveis explodindo em todo o território da jovem nação. Rebeliões como a Revolta das Carrancas (1833, em MG) Cabanada (1832-1835, no PE), Rusga (1834, no MT), Cabanagem (1835-1840, PA), Revolta dos Malês (1835, BA), Sabinada (1837-1838, BA), Balaiada (1838–1841, MA) fizeram do Período Regencial um etapa onde a unidade nacional seria continuamente testada. O mais importante e longevo dessas crises seria a Guerra dos Farrapos.
Ocorrida entre 1835 e 1845, teria como epicentro o Rio Grande do Sul, mas convulsionaria também Santa Catarina. Após 10 anos e mais de três mil mortos, a conflagração apoiada pela Argentina seria derrota, deixando, porém um importante legado ao País. Após tantos testes de fogo, o território da mais importante nação latino-americana se consolidaria, sem outra derrota desde a perda da Cisplatina.
As crises seriam superadas com o Golpe da Maioridade, quando ainda com 14 anos, Dom Pedro II seria coroado, quatro anos antes da maioridade. A soberania sobre o território nacional, no entanto, seria testada mais uma vez no Segundo Reinado, na Guerra do Paraguai. O principal conflito da América Latina consolidaria o regime de forças do continente, com o protagonismo de Brasil e Argentina na América do Sul.
Destes eventos históricos, decisivos para a formação da nação brasileira, formou-se uma das mais importantes nações do planeta. A mais desenvolvida nação entre os países atrasados do mundo terminaria superando turbulências internas e externas do século XIX, mantendo um território colossal, com mais de 8,5 km², um diferencial para seu próprio desenvolvimento e também da América Latina.
Os fenômenos responsáveis por isso serão analisados de maneira pormenorizada, a partir de hoje, no curso promovido pelo PCO, voltado a quem busca compreender a realidade brasileira, seu processo de formação singular e nela atuar politicamente. Por isso, nada melhor do que estudar a história brasileira à luz de uma interpretação fundamentada no método marxista. Voltada a preparar quadros revolucionários para intervir na luta política, o curso da Universidade Marxista se distingue dos cursos acadêmicos por buscar municiar intelectualmente o setor mais ativo e vanguardista da sociedade, que através dos seus cursos, estudam os fenômenos brasileiros, algo essencial a quem participa da luta política.
Para quem não pode acompanhar o curso presencialmente (sempre a melhor opção), é possível assistir às aulas virtuais, no portal da Universidade Marxista. Por isso não perca mais tempo e inscreva-se no mais completo programa de formação política da esquerda brasileira.
Com a história nacional atacada pelo imperialismo através seus agentes no País, sendo os identitários os mais destacados, é importante conhecer o verdadeiro processo histórico do povo brasileiro e não ser ludibriado pela propaganda impulsionada pelos inimigos do gigante sul-americano. Financiados com o dinheiro sujo dos monopólios interessados e arrasar o Brasil, os identitários espalham falsificações grotescas sobre a história do povo brasileiro, em um esforço destinado a desmoralizar a população e facilitar o caminho dos que desejam a submissão do País à ditadura mundial, comandada pelas nações desenvolvidas e pelos monopólios. Conheça o que os inimigos do Brasil tentam esconder sobre nossa história inscrevendo-se já no curso “Brasil: 500 anos de História – Uma Interpretação Marxista”.