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Eleições francesas

Hoje, as eleições que podem acabar com governo Macron

Extrema direita se projeta para dominar completamente o parlamento francês e impor sua política a Emmanuel Macron

A França realiza hoje o segundo turno das eleições parlamentares neste domingo, 7 de julho, com 1.094 candidatos disputando 501 círculos eleitorais. O partido de extrema direita Rassemblement National (RN) tem a chance de obter uma maioria absoluta na Assembleia Nacional, ou seja, pelo menos 289 dos 577 assentos.

Convocadas há apenas três semanas, após Macron dissolver o parlamento na sequência de uma vitória esmagadora do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional, as eleições têm registrado recorde de participação em quase 40 anos (na França, o voto não é obrigatório). O resultado do primeiro turno consolidou o favoritismo do grupo político de Marine Le Pen, conforme projetaram as pesquisas de intenção de voto. O RN conquistou mais de 33% dos votos, enquanto o partido Renascimento, de Emmanuel Macron, teria apenas 20% e a coalizão de partidos de esquerda Nova Frente Popular, com 29%.

O presidente Macron sugeriu uma aliança ampla entre “candidatos republicanos e democráticos” para o segundo turno, mas Marine Le Pen pediu aos franceses que deem a maioria absoluta no Parlamento à sua sigla. O cenário pode tornar o governo de Macron inviável na prática, caso o RN consiga a maioria.

Se o presidente e o primeiro-ministro forem de partidos políticos diferentes, a França entrará em um governo de “coabitação”, o que ocorreu apenas três vezes na história do país e pode paralisar o governo de Macron. O premiê assume as funções de comandar o governo internamente, propondo, por exemplo, quem serão os ministros. Atualmente, Gabriel Attal, aliado de Macron, é o primeiro-ministro. No entanto, se as pesquisas se concretizarem, Jordan Bardella, de 28 anos, o principal nome do RN, deve assumir o cargo.

A Assembleia Nacional – equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil – é a mais poderosa das duas câmaras do parlamento francês, com a palavra final no processo legislativo do Senado, que é dominado pelos conservadores.

Caso o RN ganhe a maioria absoluta, Jordan Bardella pode se tornar primeiro-ministro. Bardella conquistou uma parcela significativa de jovens eleitores; 25% dos jovens de 18 a 24 anos votaram no RN no primeiro turno, de acordo com uma pesquisa recente, mais do que o dobro do número de dois anos atrás. 

Na França, o primeiro-ministro orienta a agenda doméstica, o que significa que Bardella poderia transformar grande parte da agenda do RN em política. Algumas das propostas de Bardella incluem negar acesso à habitação pública a condenados, interromper o tratamento médico gratuito para imigrantes ilegais (exceto em emergências), acabar com os direitos de cidadania automática aos 18 anos para crianças nascidas na França de pais não franceses, e reduzir as contribuições da França para a União Europeia em 2 bilhões de euros.

Cerca de 30 mil policiais estarão posicionados em toda a França na noite deste domingo devido a preocupações com a violência potencial após os resultados finais das eleições antecipadas, onde a extrema-direita pretende garantir uma maioria parlamentar.

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