No fim do mês passado, em mais uma demonstração da política covarde típica dos israelenses, os sionistas assassinaram Fuad Shukr, alto comandante do Hesbolá. Porém, a perda não levou a qualquer recuo na luta por parte do partido libanes.
Em um vídeo divulgado pela organização foi revelada uma enorme instalação subterrânea do Hesbolá, com diversas interligações, onde os combatentes se deslocam por motocicletas e até caminhões.
A base, chamada Imad 4, possui plataformas para lançamento de mísseis e surpreende pela sofisticação, organização e tamanho. Ainda no vídeo, os combatentes deixam claro seu compromisso com a luta e o apoio aos palestinos, declarando que “Israel” em uma guerra com o grupo, enfrentará um destino e uma realidade pela qual não esperam.
A divulgação vem em um momento de escalada das tensões entre o grupo de resistência libanês e os sionistas. A preocupação com a demonstração de força do Hesbolá já repercute entre os israelenses.
O jornal israelense Jerusalem Post, publicou uma matéria sobre o vídeo, destacando a mensagem deixada para os sionistas e levantando a possibilidade da aliança entre o Hesbolá e o Hamas, além de reconhecer a demonstração de força do grupo.
A embaixada iraniana no Líbano também se manifestou após a divulgação do vídeo, afirmando que no Irã também há bases com esta por todo o território com a capacidade de disparar mísseis em direção ao inimigo em qualquer momento.
O jornal também libanês Al Akhbar analisou a repercussão da divulgação do vídeo, segundo o veículo: “esta revelação surge depois de os desenvolvimentos políticos e no terreno na Palestina, no Líbano e na região terem atingido uma encruzilhada. Isto força a liderança do inimigo a tomar decisões através das quais deve estabelecer caminhos futuros”.
O momento do conflito é realmente crítico, na Palestina o massacre continua, porém, a resistência segue, no Líbano, o Hesbolá deixou bem claro o que aguarda os sionistas.
Outro fator importante citado pelo Al Akhbar: “quando o Hesbolá permite a publicação deste vídeo e do que ele contém, deve-se assumir que o que não foi revelado é muito maior, especialmente porque faz questão de aderir à doutrina das surpresas, que constitui uma dos pilares mais importantes da sua doutrina militar”.
Segundo o que já foi divulgado pela resistência tanto no Líbano quanto na Palestina, não é possível saber detalhadamente sobre o quanto de estrutura e armamentos eles possuem à disposição, faz parte da própria segurança de suas ações que as informações não sejam amplamente divulgadas.
Dessa maneira, se o Hesbolá divulgou uma amostra dessa estrutura e organização, podemos concluir que há muito mais informações que permanecem ocultas.
A revelação do Hesbolá é mais um fator de crise entre os sionistas e o imperialismo em geral, mostra que a política covarde de assassinatos de lideranças dos grupos da resistência, não servirá para retirá-los do combate, só reforça a solidez do grupo e renova a disposição dos combatentes em permanecer lutando.
O Al Akhbar conlui: “a revelação desse aspecto das capacidades confirma que o Hesbolá passou da fase de decisão de retaliar para a preparação operacional para sua execução, através do fortalecimento da força de dissuasão que visa frustrar a aposta em qualquer opção preventiva, tornando os líderes inimigos mais racionais após a resposta iminente. Se o inimigo calcular errado, o Hesbolá está pronto para o confronto, independentemente dos sacrifícios, para afirmar que suas opções não estão limitadas entre a guerra total e a aceitação das regras e da equação que o inimigo tenta estabelecer. O Hesbolá tem a vontade e a capacidade de responder “de maneira forte, eficaz e impactante”, colocando a bola de fogo na mesa de decisões em Telavive e Washington”.