O Líbano, país que faz fronteira com o norte de “Israel”, tem como principal força política um partido de massas chamado Hesbolá, dotado de um amplo aparato militar, cujo principal órgão é a Resistência Islâmica. Ele foi o responsável por expulsar “Israel” do território libanês no ano 2000. Esse partido, desde o 7 de Outubro, tem mostrado apoio à resistência palestina, não apenas na forma de discurso, mas na forma de ações militares, incluindo diversas trocas de ataques aéreos com as forças armadas sionistas.
Nesse sentido, “no domingo, na parte leste do sul do Líbano, membros da Resistência Islâmica atacaram com armas apropriadas um grupo de tropas israelenses fora da cidade de Wazzani, também atingiram instalações em Metulla, Marjah e Samak, e atingiram diretamente equipamentos de espionagem no campo de treinamento de Al-Asi“, noticiou o partido em uma declaração pública, referindo-se a um ataque que fizeram a 8 posições israelenses no sul do Líbano no último domingo, destruindo sua infraestrutura militar e impondo danos às suas tropas.
Além disso, ao ver a situação de assentamentos israelenses próximos à fronteira com o Líbano, a própria imprensa de “Israel” zombou da recente declaração do ministro da Segurança do governo Netaniahu, Joabe Gallant, que disse que iria “bombardear o Líbano até que ele voltasse para a Idade da Pedra”. De acordo com a zombaria da imprensa de “Israel”, quem teria voltado para a Idade da Pedra seriam os próprios colonos israelenses em decorrência dos ataques do Hesbolá, os quais os deixaram sem eletricidade. A matéria trata-se de uma republicação do jornal israelense Hadashot Bazaman de uma propaganda do Hesbolá, em que era mostrada a declaração arrogante do ministro Gallant, com o título “quem vai levar quem para a Idade da Pedra?”.
Segundo o oficial militar responsável por Margaliot, uma aldeia israelense na fronteira com o Líbano, os colonos ficaram sem luz após um bombardeio lançado pelo Hesbolá. Conforme suas próprias palavras: “Os nossos assentamentos ficaram sem eletricidade e acabamos por retroceder até a Idade da Pedra”.
Essa situação, somada às ações diárias do Hesbolá contra os territórios ocupados, mostra que o apoio do Partido de Alá à resistência palestina gera uma mudança significativa na situação política, econômica e militar na Palestina e nas regiões próximas, pois apresenta uma superação da antiga rivalidade entre os sunitas da Irmandade Muçulmana, da qual o Hamas faz parte, e os xiitas do Hesbolá. Avança, portanto, a união revolucionária dos povos árabes e muçulmanos contra “Israel” e, de um modo geral, contra todo o imperialismo na região.



