Após mais de mil ataques aéreos israelenses, o ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, contabilizou os estragos das agressões, com ao menos 558 mortos e 1.835 feridos. Entretanto, até a imprensa sionista reconhece que o Hesbolá permanece inabalável diante de um “Israel” desorientado.
Terrorismo sionista
Os ataques aéreos indiscriminados do sionismo não são novidade. Recentemente, a detonação de milhares de aparelhos como walkie-talkies e bipes, minados de fábrica, deixou milhares de feridos no Líbano. Essa ação não tem objetivos estritamente bélicos, pois, sem alvos claros no conflito, caracteriza-se como um ato verdadeiramente terrorista, visando baixas civis.
A continuidade dessa política se deu com o bombardeio da região sul do Líbano, aumentando o número de deslocados de 110 mil para próximo de meio milhão. Após essa agressão criminosa, o embaixador de “Israel” na ONU, Danny Danon, afirmou: “Não estamos ansiosos para iniciar qualquer invasão terrestre em lugar nenhum. Preferimos uma solução diplomática”.
Segundo Danon: “Ainda acreditamos que não é tarde demais para que o governo libanês, o povo libanês, pressionem o Hesbolá a parar com sua agressão. Se eles não lançarem foguetes contra Israel, poderemos trazer os residentes de volta às suas comunidades, e é isso.”
Abertamente, o Estado sionista utiliza a população civil libanesa como refém no enfrentamento com o Hesbolá. Sem conseguir obter êxito militar contra a resistência, o sionismo recorre à violência sectária, destruindo infraestrutura e assassinando civis.
Moradores relatam que: “Os ataques estão sendo realizados em casas e estradas; eles não pararam desde o início da manhã. É por isso que não podemos deixar a vila.”
Segundo Abiad, “a brutalidade do inimigo israelense levou ao martírio de vários membros das equipes médicas e de resgate”.
A força da Resistência
A Resistência Islâmica apresenta uma reação forte à violência sionista. O Hesbolá tem realizado operações contra bases militares estratégicas e assentamentos israelenses, defendendo o território libanês e seu povo, enquanto, paralelamente, apoia o povo palestino e sua Resistência em Gaza.
Entre os alvos do Hesbolá, esteve o assentamento de Kiryat Shmona, atingido por uma barragem de foguetes, e uma fábrica especializada na produção de explosivos, na área de Zichron, com duas barragens separadas de foguetes Fadi 2.
Entre as bases atingidas, destaca-se uma na área militar de Meggido, atingida por salvas de foguetes Fadi 1 e Fadi 2. Os ataques, que têm durado os últimos dois dias, também atingiram a base aérea de Ramat David, dada sua importância para os ataques aéreos no Líbano.
O jornal israelense i24NEWS repercutiu que o Hesbolá atingiu “um depósito de armas muito grande e um centro logístico pertencente ao exército [israelense]”.
Quase uma guerra total
Um cenário similar a uma guerra total entre “Israel” e o Hesbolá instalou-se na região de fronteira, ocasionando um número significativo de refugiados no Líbano e inviabilizando, basicamente, os assentamentos sionistas no norte do território ocupado da Palestina.
Os ataques aéreos do Estado sionista são quase intermitentes, mas recebem uma resposta exemplar da Resistência Islâmica, que obtém ganhos estratégicos significativos.
A imprensa israelense, Israel Hayom, reconhece que a ocupação sionista segue “operando sem estratégia”, com uma posição confortável para o Hesbolá, que precisa apenas “preservar o desgaste”.
Para atender à sua demanda essencial, a Resistência precisaria manter o atrito, com “um arsenal grande o suficiente de foguetes, mísseis e drones, que já possui, e continuar a lançá-los em direção a Israel”.
O veículo ainda enfatizou: “O Hesbolá foi derrotado? Ele vai se render? A resposta é não.” Complementando que “ainda está no fronte, e o Hesbolá está no caminho certo, apesar do atraso”.
A linha de combate chegou ao Vale de Jezreel [Marj Ibn Amer], uma área de 351 quilômetros quadrados com 39 assentamentos. Foi repercutido na imprensa israelense que 2 milhões de pessoas estariam ao alcance do Hesbolá.
Como resultado das operações da Resistência Islâmica contra os assentamentos sionistas, mais de 100 mil colonos deixaram a região.
Um correspondente do Canal 12 israelense descreveu: “O Hesbolá acumulou capacidades significativas desde 2006… e ainda não as implementou totalmente.” Alertando que: “O público [israelense] deve entender isso e ajustar suas expectativas, sabendo como agir se o Hesbolá intensificar ainda mais.”
Ainda no Canal 12, o prefeito de Haifa ocupada afirmou que há uma “diferença de 50% nas taxas de fortificação entre os bairros antigos e novos da cidade”. Ele ainda se queixou de que o Estado sionista “não nos reconhece, e estamos sozinhos aqui, sem dinheiro… Obrigado a Nasrallah por chamar a atenção do governo para nós.”
Quanto à cidade ocupada de Safad, o veículo informou que ela se tornou “órfã e vazia, com 40 pessoas restantes e a sensação de que a cidade foi esquecida, tornando-se um alvo importante e preferencial do Hesbolá”.
Complementando que “50% dos israelenses e das instituições educacionais não são fortificados”. Ressaltou ainda que “eles não receberam nenhuma orientação importante de ninguém”, considerando a situação como uma sentença de morte para os assentamentos: “uma sentença de morte… estamos a momentos do colapso”.