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Oriente Médio

Hesbolá divulga balanço de 200 dias de luta contra ‘Israel’

Organização libanesa tem sido essencial na luta da resistência armada contra a ocupação sionista

Na última terça-feira, 23 de abril, a operação Dilúvio de Al-Aqsa, deflagrada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe), completou 200 dias. Naquele 7 de outubro de 2023, o Hamas liderou outros grupos da resistência, como a Jiade Islâmica e a Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) em uma ação que pôs o Estado de “Israel” em xeque, abrindo uma crise que, mais de seis meses depois, mostra que a ocupação sionista na Palestina pode estar chegando ao fim.

Uma das forças mais importantes no combate da resistência palestina ao Estado nazista de “Israel” é o Hesbolá. Apesar de ser um partido – o mais popular – do Líbano, os bravos combatentes da organização, desde 8 de outubro, realizaram milhares de operações militares contra tropas e contra bases do exército sionista. Mais do que isso, conseguiram expulsar centenas de milhares de colonos que, de maneira ilegal e por meio do genocídio do povo palestino, ocupavam o norte da Palestina.

Nesse sentido, o Hesbolá tem sido um aliado essencial para a vitória da resistência palestina. Tem sido um fator de desestabilização para a entidade sionista, uma força que obriga o exército de “Israel” a usar uma parcela importantíssima de seu contingente militar para impedir o avanço dos combatentes do partido libanês no norte da ocupação.

“A ofensiva do Hesbolá obrigou a deslocar um terço das forças armadas de Israel para fronteiras com o Líbano, aliviando situação em Gaza […] metade da força da naval, metade do Domo de Ferro, um terço das logísticas”, afirmou Hassan Nasseralá, líder do partido, em um discurso feito no dia 3 de novembro de 2023.

Mais recentemente, no final de março, a imprensa israelense divulgou um relatório que mostra que os colonos sionistas no norte de “Israel” não se sentem seguros em voltar aos seus assentamentos, mesmo com as promessas feitas pelo governo Netaniahu. Segundo o relatório, cerca de 65 mil colonos já foram evacuados, enquanto que os que permaneceram na região vivem “sob uma rotina de mísseis e sirenes”.

Diante desses 200 dias de vitórias, o Hesbolá divulgou um balanço militar de sua atuação na luta contra “Israel”. Segundo a organização libanesa, desde 7 de outubro de 2023, foram feitas 1.650 operações, visando as forças de ocupação israelenses na Palestina ocupada e nos territórios libaneses e sírios ocupados por “Israel”.

Em relação aos alvos dos ataques, o Hesbolá afirma que conduziu:

  • 55 ataques a instalações militares da retaguarda israelense;
  • 1.112 ataques em locais fronteiriços israelenses;
  • 176 ataques a pontos fronteiriços israelenses;
  • 70 ataques a bases militares israelenses;
  • 51 ataques a objetos aéreos e aeronaves israelenses;
  • 186 ataques a assentamentos israelenses.

O partido libanês também divulgou quais foram os armamentos utilizados para combater a ocupação sionista:

  • 77 fuzis de precisão ou armas automáticas;
  • 727 sistemas de foguetes e mísseis terra-terra;
  • 352 peças de artilharia;
  • 546 sistemas de mísseis guiados antitanque;
  • 55 ataques de VANTs;
  • 50 sistemas de defesa aérea;
  • 17 dispositivos explosivos;
  • 136 armas de ataque direto.

O Hesbolá também divulgou que, até agora, registrou 2.000 baixas (mortos e feridos) no exército de “Israel”. Ademais, foi divulgado o número exato de equipamentos e veículos militares israelenses destruídos pelo Hesbolá nesse período: 

  • 722 unidades habitacionais para colonos israelenses;
  • 338 equipamentos técnicos;
  • 344 fortificações e abrigos subterrâneos;
  • 33 posições de artilharia israelense;
  • 67 postos de comando israelenses;
  • 92 veículos militares israelenses;
  • 5 baterias israelenses do “Domo de Ferro”;
  • 2 complexos industriais-militares israelenses;
  • 5 VANTs militares israelenses.

Por fim, segundo o Hesbolá, o número citado acima, de que 60 mil colonos teriam sido deslocados, é muito abaixo da realidade: mais de 230.000 sionistas já foram expulsos de seus assentamentos ilegais no norte de “Israel”.

Fica claro que, ao mesmo tempo que “Israel” não está tendo sucesso algum em combater a resistência, o Hesbolá – bem como demais grupos armados – está atingindo vitórias cada vez mais avassaladoras para a ocupação.

Durante uma entrevista para o mesmo canal que revelou o relatório citado anteriormente, o Channel 12, Kobi Marom, um coronel da reserva israelense, afirmou que os territórios ocupados do norte estão enfrentando “dilemas estratégicos”. Ele também disse que a resistência atingiu um objetivo “tremendo” no que diz respeito a afetar o moral dos israelenses que ocupavam aqueles territórios.

“Apesar de terem passado sete meses desde o início da guerra, como é que o exército [israelense] não destruiu a infraestrutura do Hesbolá?”, questiona o coronel, que conclui sua intervenção afirmando que “Israel” já “perdeu a guerra”.

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