O porta-voz da organização revolucionária libanesa, Partido de Alá (Hesbolá, na sigla árabe), Mohammad Afif, anunciou em um discurso no subúrbio sul de Beirute que o partido assumiu a responsabilidade pelo ataque à residência de Benjamin Netanyahu, localizada na cidade litorânea de Cesareia, no Norte de “Israel”. Afif se dirigiu diretamente ao primeiro-ministro israelense, afirmando: “Se nossas mãos não te alcançaram desta vez, entre nós e você ainda há os dias, as noites e o campo de batalha.”
Durante a conferência de imprensa realizada na última terça-feira (22), Afif declarou que “a resistência islâmica no Líbano é total e exclusivamente responsável pela operação que teve como alvo a casa do criminoso Netanyahu em Cesareia”. Ele reforçou que “os olhos dos combatentes da resistência estão atentos e seus ouvidos escutam. Se não o alcançarmos desta vez, ainda temos tempo e o campo de batalha para isso.”
Afif esclareceu que a resistência no Líbano, assim como seu sistema de controle e coordenação, está operando plenamente. Ele destacou que “as linhas de apoio militar e logístico do Hesbolá voltaram a funcionar como antes”. Em uma mensagem direta aos líderes da ocupação israelense, Afif declarou: “Ferro com ferro, sangue com sangue, e fogo com fogo.”
O porta-voz também ressaltou o aumento das operações da resistência, afirmando que “a média diária de ataques está em ascensão, com cerca de 25 operações por dia.” Ele anunciou que os ataques ao norte e ao centro de Israel continuarão e aumentarão em intensidade e número com o passar do tempo.
Afif também refutou as alegações israelenses sobre a presença de depósitos de armas no subúrbio sul de Beirute, afirmando que essas justificativas foram desmascaradas. Ele classificou o bombardeio à instituição “Qard Al-Hassan” como um ataque injustificado, cujo verdadeiro objetivo seria abalar a confiança do povo libanês. Ele assegurou que “o Hesbolá não paga salários nem financia suas armas através dessa instituição” e que a “Qard Al-Hassan” estava preparada para lidar com essa situação e continuará a cumprir seu dever para com os depositantes.
O porta-voz responsabilizou Israel pela segurança dos prisioneiros de guerra e pediu ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha que verifique suas condições, ressaltando que “qualquer informação obtida pelo inimigo sob coerção não tem valor algum”. Ele ainda afirmou: “Não demorará muito para que a resistência no Líbano capture prisioneiros do inimigo, e negociaremos por eles.”
Sobre o apoio dos Estados Unidos a “Israel”, Afif condenou a participação americana no conflito, afirmando que os EUA são cúmplices na agressão contra o Líbano e que estão prolongando o confronto. Ele reiterou que “a América é a mãe do terrorismo.”
Afif também expressou confiança no presidente Nabih Berri, enfatizando que “não haverá negociações sob fogo.”
O porta-voz condenou os massacres cometidos por “Israel” nos últimos dias, especialmente nas cidades de Mhaybib, Nabatieh e Baalbek, que ocorreram após os ataques da resistência a bases israelenses em Haifa. Ele criticou duramente o viés pró-Netanyahu da rede de imprensa saudita MBC e suas afiliadas, afirmando que “a liberdade de imprensa não isenta a incitação ao assassinato.”
Dirigindo-se aos apoiadores de “Israel” no Líbano, Afif declarou: “Vocês pensaram que tudo havia terminado e que um regime liderado por Awkar estava estabelecido, mas entenderam mal a situação e a composição do Líbano.”
Afif também questionou aqueles que criticam os ataques do Hesbolá a Telavive, perguntando: “Por que vocês ficam tristes quando atingimos Telavive?” Ele acusou esses críticos de duvidarem da capacidade restaurada do Hesbolá, mesmo diante da própria admissão do inimigo sobre sua força.
Hoje, “Israel” reconheceu que o drone lançado pelo Hesbolá contra Cesareia atingiu a casa de Benjamin Netaniahu. A imprensa sionista, que por muito tempo censurou essas informações, agora permitiu a divulgação do “segredo”: o drone causou danos à casa de Netanyahu, atingindo precisamente a janela do quarto do primeiro-ministro.