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“Israel”

Hasbará, a máquina de propaganda sionista

A máquina de propaganda sionista é uma grande operação para lavar o sangue dos crimes israelenses e criminalizar aqueles que lutam pela liberdade

Lavando o sangue das mãos

Todos veem como os monopólios da imprensa capitalista tratam as ações de “Israel” e de suas forças armadas. Costuma-se dizer que os sionistas têm “o exército mais moral do mundo”, que não usaria de expedientes como o estupro de prisioneiros, mas as redes sociais trataram de desmentir essa ideia falsa.

No entanto, esse encobrimento dos crimes dos sionistas não é fruto do acaso, mas uma ação pensada de propaganda denominada Hasbara.

Trata-se de um método fraudulento de propaganda do sionismo. Podemos dar como exemplo um acontecimento. No início de outubro deste ano, as forças sionistas dispararam 355 balas contra um carro, com uma criança de cinco anos, Hind Rajab, em seu interior, e depois dispararam contra as equipes de resgate que tentaram salvar sua vida. Um crime monstruoso que para inúmeros jornais não dava uma manchete melhor que “garota morre em Gaza”.

Em contrapartida, no dia 15 de outubro, a Sky News publicou o rosto de quatro soldados “adolescentes” das forças armadas israelenses “mortos em um ataque de drones do Hezbolá”. Desta vez, os indivíduos foram infantilizados e humanizados. Não foram mostrados como sendo responsáveis por um genocídio. Enquanto isso, os jornais publicam: “23 morrem em ataque à escola em Gaza”, todos sem fotos ou identidades.

Faz décadas que os títulos e manchetes de jornais são “branqueados” quando se trata de “Israel”. Tudo é feito e pensado, distorcido, para favorecer os interesses do imperialismo no Oriente Médio e esconder seus crimes, ao mesmo tempo em que trata quem resiste como “terrorista”.

Começa a cair a máscara

O Líbano foi invadido por “Israel” em junho de 1982. As forças sionistas empurraram selvagemente os combatentes da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) para Beirute. Isso deixou claro que estava em curso uma operação de limpeza étnica, massacres e roubo de terras – como na Palestina –, mas havia em Beirute muitos repórteres de todo o mundo.

Os ataques aéreos sionistas contra civis, os hospitais abarrotados de gente morta e ferida, no mesmo padrão que estamos vendo hoje, começaram a aparecer nos noticiários.

Em setembro de 1982, uma milícia cristã fascista, Falange, com a ajuda do exército sionista, promoveu um terrível massacre em Sabra, um bairro de Beirute formado por palestinos deslocados na Nakba de 1948. Durante dois dias, 3500 civis foram torturados, mutilados, estuprados e mortos (muitos à faca). Esse crime foi noticiado em primeira mão.

Isso foi um desastre para a imagem de “Israel”. Ficou exposta a política genocida dos sionistas. A imagem de uma democracia tentando sobreviver e cercada de bárbaros árabes por todos os lados começou a ruir. Assim, no verão de 1984, o Congresso Judaico Americano (AJC), um grande lobby sionista, convocou uma conferência em Jerusalém com o título Imagem Pública: problemas e soluções de Israel. A conferência foi presidida por Carl Spielgovel, que era um conselheiro de estratégias de comunicação remunerado por Telavive.

A conferência reuniu uma legião de executivos de publicidade, especialistas em comunicação, editores, jornalistas, para juntos elaborarem uma estratégia para sanar a crise gerada pelas notícias da invasão do Líbano. Qual foi o antidoto que encontraram? Uma propaganda incessante, metódica e abrangente: a Hasbara (propaganda, em hebraico). O intuito era o de mudar a mente das pessoas e fazer com que pensassem de modo diferente.

Dentre o que se resolveu ali, deveriam propagar a ideia da “importância de Israel para os EUA e a Europa”. Recentemente, Netaniahu declarou que “se Israel cair, o mundo todo cairá junto”. Falaram da vulnerabilidade geográfica, da luta pela paz, da única democracia no Oriente Médio, do país onde se respeitam as minorias, que o país estava cercado por gente que vivia em guerra há séculos etc.

Os monopólios da comunicação

O lobby tratou de treinar pessoas para fazerem a propaganda sionista, o que teve bastante êxito. O tempo todo se fala de inovações de plantações no deserto, de desenvolvimento tecnológico, de investimentos na arte e na cultura, de que as pessoas vivem felizes e em harmonia, em contraste com o restante dos países vizinhos. O identitarismo tem servido para se dizer que, em “Israel”, as mulheres e as minorias são respeitadas.

Assistindo aos noticiários, somos o tempo todo bombardeados por jornalistas “isentos”, que o tempo todo tratam de higienizar as práticas dos sionistas. Enquanto os povos que resistem são chamados de terroristas, a operação que explodiu pagers e outros aparelhos de comunicação no Líbano, matando inúmeros civis, dentre crianças e agentes de saúde, mutilando centenas, foi tratada como “uma grande capacidade tecnológica” israelense.

Os povos do Oriente Médio lutam, há décadas, não apenas contra um dos Estados mais sanguinários de que se tem notícia, como também contra uma imprensa a soldo dos interesses do imperialismo.

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