As facções da Resistência Palestina enfatizaram a importância de conter os recentes acontecimentos em Jenin e em seu campo de refugiados, no norte da Cisjordânia, de uma maneira que preserve o sangue palestino e proteja a Resistência, segundo o Al Mayadeen. Hamas, Jihad Islâmica Palestina e Frente Popular para a Libertação da Palestina emitiram uma declaração conjunta expressando profunda preocupação com a escalada da “campanha de segurança” (repressão) realizada pelas forças de segurança da Autoridade Palestina em Jenin e seu campo.
As facções destacaram seu compromisso em conter a situação e prevenir sua escalada, priorizando a preservação do sangue palestino, que descreveram como uma “linha vermelha”. Elas pediram a manutenção da unidade palestina e a prevenção de qualquer divisão interna, ressaltando que isso é um dever nacional e uma responsabilidade pesada para todos.
Ainda esclareceram que as armas da Resistência, mantidas por todas as facções, são para enfrentar o ataque genocida em andamento a Gaza e para repelir as incursões israelenses repetidas e os ataques de colonos na Cisjordânia. E reafirmaram que as armas da Resistência são legítimas e sagradas, instando as forças de segurança palestinas e a liderança da Autoridade Palestina a se absterem de qualquer ação que possa ameaçar a unidade palestina ou prejudicar a paz civil.
Dias antes, o líder do Hamas, Mahmoud Mardawi, declarou que a ocupação israelense não será capaz de trazer segurança para suas tropas e colonos na Cisjordânia, independentemente das medidas de segurança rígidas que tomar. Mardawi ressaltou que o povo palestino está comprometido com a resistência e a firmeza, “não importando os sacrifícios que isso custe”, enfatizando que as operações da Resistência na Cisjordânia “não vão parar, apesar da agressão da ocupação e da perseguição dos combatentes da resistência e de nosso povo pelas forças de segurança da Autoridade [Palestina]”.
Ele também denunciou o comportamento das forças de segurança da Autoridade Palestina em Jenin, observando que “isso acontece num momento suspeito, quando o governo da ocupação está tentando anexar a Cisjordânia e expulsar os palestinos”. O líder do Hamas pediu à Autoridade Palestina que interrompesse imediatamente esse comportamento “antipatriótico”, que serve à ocupação, chamando para “trabalhar no fortalecimento da situação nacional, e não para eliminar os combatentes da resistência na Cisjordânia”.
Mardawi apontou que o que os serviços de segurança da Autoridade Palestina estão fazendo em Jenin é “uma tentativa de acabar com o estado de resistência, por meio da liquidação e assassinato dos combatentes da resistência que estão enfrentando a ocupação.” E fez um apelo a todos os palestinos e facções palestinas para tomarem uma posição firme e pressionarem a Autoridade Palestina a interromper suas operações.