Oriente Médio

Hamas repudia tentativa de submeter Palestina a país árabe

Em declaração dada em Damasco, Hamas e as Forças da Resistência Palestina afirmam que qualquer força estrangeira que tentar governar a Palestina seria uma "força de ocupação"

Recentemente, foi proposto pelas forças de ocupação de “Israel”, junto com representantes do imperialismo norte-americano, que a Palestina fosse governada por uma espécie de coalizão do restante dos países árabes da região. A proposta foi prontamente recusada e condenada pela Resistência armada palestina. A colocação foi que “tais propostas visam fazer com que os países árabes sirvam os objetivos de ‘Israel’ em Gaza, em meio ao seu fracasso drástico no campo de batalha”.

As derrotas de “Israel” no campo de batalha são sistematicamente ocultadas pela imprensa internacional, mas elas são uma realidade. Nos últimos dias, a Resistência tem relatado repetidas operações militares bem sucedidas contra tropas, veículos e unidades israelenses.

A afirmação foi feita por representantes da Resistência em Damasco, eles também afirmaram que “Recorrendo à ajuda de certos países árabes, [Israel], juntamente com os EUA, procura evitar a horrível derrota que sofreram… para tirar o exército de ocupação do enorme ‘pântano’ em que se encontra encurralado na Faixa de Gaza”.

A Resistência também afirmou que o povo palestino tem todo o direito de escolher suas próprias lideranças, para assegurar sua soberania nacional e para frustrar quaisquer planos de “Israel” e dos EUA para minar a sua independência. A proposta, de caráter criminoso, foi feita pelo Secretário de Defesa israelense, Yoav Gallant, diante de Antony Blinken.

É importante destacar que as organizações estão absolutamente corretas. Os países árabes vizinhos governados por monarquias e governos submissos ao imperialismo e a “Israel” nada têm a ver com as questões do povo palestino, que enfrenta uma dura luta contra um dos mais bem armados exércitos do planeta e se sai muito vitorioso graças à sua própria organização e ao ímpeto revolucionário de seu povo.

O Movimento de Resistência Islâmica, Hamas, emitiu pronunciamento pelo Comitê Supremo de Acompanhamento das Forças Nacionais Palestinas e Islâmicas dizendo que a proposta de colocar forças árabes estrangeiras para governar a palestina é uma “ilusão e uma miragem”. Segundo eles, qualquer “força que entrar na Faixa de Gaza é repudiada, inaceitável e seria considerada uma força de ocupação, com a qual lidaremos em conformidade”. Deixando claro que haverá luta caso os outros países árabes se propuserem a servir os interesses de “Israel” contra os palestinos.

Os países árabes, no entanto, se recusaram a atender à proposta absurda, ação que foi elogiada pela Resistência, a qual comentou que governar a Palestina é um assunto interno que não permite a intervenção de quaisquer forças exteriores. O Hamas adicionou que quaisquer tentativas nesse sentido “morrerão antes de seu nascimento” e não serão bem-sucedidas.

Na mesma declaração, o Hamas aproveitou para denunciar os Estados Unidos e seu presidente, Joe Biden, o qual tem intenção de enviar novos carregamentos de armas, incluindo mísseis e aviões de guerra, para “Israel” poder dar continuidade ao seu genocídio dos palestinos. A colocação do Hamas foi a seguinte: “A insistência da administração Biden na sua posição tendenciosa e no seu apoio político e militar ilimitado à ocupação e às suas políticas fascistas, que procuram exterminar o nosso povo e deslocá-lo das suas terras, confirma a mentira das posições americanas relativamente à situação humanitária em a Faixa de Gaza e a catástrofe causada pela máquina de matar sionista apoiada pelos EUA”.

O Hamas e as Forças de Resistência estão levando adiante uma verdadeira revolução na Palestina, o governo que sair desse processo revolucionário é o que será verdadeiramente soberano aos olhos do povo palestino, que está em armas contra “Israel” e suas forças de ocupação.

A luta dos palestinos é por sua independência e ela só será vitoriosa uma vez que eles estejam sendo governados por seu próprio povo, sem nenhuma imposição vinda do estado colonial de “Israel” ou dos norte-americanos. Os países árabes vizinhos demonstram, inclusive, consciência da crise que seria tentar se enfrentar com a resistência na Palestina, inclusive, dentro de seu próprio território e diante de sua própria população.

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