Na quinta-feira (6), o dirigente do Hamas Sami Abu Zuhri se pronunciou sobre a proposta de Biden sobre o cessar-fogo na Faixa de Gaza, proposta no dia 31 de maio.
Ele afirmou: “acolhemos com satisfação as declarações de Biden sobre a cessação da agressão e a retirada israelense. No entanto, o documento no qual o projeto norte-americano se baseia, que é o documento israelense, não menciona a cessação da agressão ou a retirada”.
Ou seja, apesar do que diz Biden, a proposta escrita, por “Israel”, contradiz o que diz o presidente dos EUA. Então Zuhri destaca: “a proposta israelense fala de negociações abertas sem limite e uma fase em que a ocupação recupera seus prisioneiros e depois continua a guerra”. Ou seja, um cessar-fogo temporário apenas para recuperar os prisioneiros, algo totalmente contra a exigência básica do Hamas, o fim da guerra.
Ele conclui: “informamos aos mediadores que esta proposta é inaceitável. O Hamas está comprometido com sua proposta, apresentada em 5 de maio, baseada na cessação dos combates, retirada israelense, um acordo para a troca de reféns por prisioneiros palestinos e o fim do cerco à Faixa de Gaza”.
O acordo informado anteriormente consistia em três partes: na primeira, haveria um cessar-fogo completo por seis semanas e a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza. O Hamas libertaria os soldados capturados e “Israel” libertaria centenas de cidadãos palestinos presos. Por último, seria permitido o tráfego de 600 caminhões de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza por dia.
Na segunda parte, haveria negociações diretas para o fim da guerra entre “Israel” e o Hamas, ainda com o cessar-fogo em vigor. Já na terceira parte seria um plano de reconstrução do território palestino, após a destruição causada pelos bombardeios israelenses.
Desde o princípio, Hamas só pediu o básico: fim permanente da guerra, retirada das tropas de “Israel” da região e controle da Faixa de Gaza pelos palestinos. Esse acordo, apelidado de “acordo de Biden”, resumidamente, propõe essas coisas, e por isso o Hamas havia visto anteriormente a proposta como positiva.