O porta-voz das brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, Abu Obaida, realizou um discurso em homenagem aso 200 dias do lançamento da operação Dilúvio de al-Aqsa, a operação do Hamas que deu início a guerra na Faixa de Gaza. Desde então o Estado de “Israel” só se enfraquece. Abaixo estão alguns destaques do longo discurso de 19min:
“O inimigo criminoso continua tentando melhorar sua imagem, mas apenas recebe mais vergonha e desgraça. Passaram-se 200 dias e o exército sionista ainda está preso no atoleiro de Gaza, aproveitando sua situação no terreno para mais matança e destruição.
O exército de ocupação falhou contra nossa resistência e nosso povo depois que sua imagem foi despedaçada diante do mundo. Dizemos a Netaniahu: sua morte, o fim de sua ocupação e sua queda são inevitáveis, e suas lamentações diante do mundo não mudarão sua imagem.
Nas Brigadas al-Qassam, documentamos apenas uma fração dos ataques heroicos de nossos combatentes contra o inimigo. Nossos ataques e resistência continuarão enquanto a agressão da ocupação ou sua presença persistir em qualquer centímetro de nossa terra. O mundo testemunhou o poder de nossos combatentes e seus ataques dolorosos não apenas ao repelir os ataques inimigos, mas também durante sua retirada.
Entre as mentiras do governo inimigo está a tentativa de enganar o mundo fazendo-o acreditar que eliminou as Brigadas al-Qassam e que resta apenas a Brigada de Rafá. As forças de ocupação estão tentando enganar o mundo fazendo-o acreditar que eliminaram todas as organizações da resistência, e isso é uma grande mentira.
Em 200 dias, o inimigo só conseguiu realizar massacres em massa, destruição e assassinato. Com a derrota sofrida pelo exército de ocupação em 60 minutos, ela não pôde nos derrotar em 200 dias. Eles procuram encontrar uma vitória imaginária em todos os lugares, mas onde quer que a busquem, nos encontram lá derramando o sangue de seus soldados.
Nossos ataques contra o inimigo continuarão, adotaremos táticas renovadas enquanto eles permanecerem presentes em cada centímetro de nossa terra.
O exército que se concentra em matar crianças e mulheres, destruir túmulos, buscar vingança contra os corpos dos mártires, atacar civis inocentes, bombardear caminhões de ajuda e assassinar membros de organizações de ajuda humanitária internacionais e locais é a um exército que sente uma derrota enorme e apenas decepção, que não confia em suas supostas conquistas.
Não abandonaremos os direitos fundamentais de nosso povo, em primeiro lugar o retorno, o levantamento do cerco e o retorno dos deslocados às suas casas. A ocupação está tentando evadir todas as suas promessas em negociações e quer ganhar mais tempo.
A chamada pressão militar só nos empurrará a nos mantermos firmes em nossas posições e preservar os direitos de nosso povo sem compromisso.
Às famílias dos prisioneiros “israelenses”: somos mais confiáveis do que seu governo.
Um dos objetivos da Dilúvio de al-Aqsa é unificar nossos povos após tentativas da ocupação de isolar a causa palestina. Apreciamos todo esforço militar e popular que se junta ao Dilúvio de al-Aqsa, e saudamos as frentes de luta no Líbano, Iêmen e Iraque.
A reação histérica [dos sionistas] em relação às ações de resistência de várias frentes indica a importância da ação de resistência.
A frente de resistência mais importante é o da Cisjordânia, e saudamos cada centímetro de nossa livre e firme Cisjordânia.
A Jordânia é nossa e nós somos dela; é uma dos países árabes mais importantes em termos de engajamento popular e público e ocupa a mente do inimigo com frequência
A resposta do Irã, em sua magnitude e natureza, estabeleceu novas regras e perturbou os cálculos da ocupação, e chamamos as massas de nossa nação a intensificar seu movimento de apoio à resistência.”
