Conforme noticiado pela emissora Canal 10 de Israel, “os Estados Unidos, o Egito e o Catar estão trabalhando na elaboração de um plano detalhado, que provavelmente será apresentado publicamente no final desta semana pelo presidente dos EUA, Joe Biden”.
Ocorre que fonte dentro da Resistência Palestina informou à emissora libanesa Al Mayadeen que a nova proposta de cessar-fogo que os Estados Unidos pretende apresentar é mais uma de suas manobras contra a Palestina, e em favor de “Israel”.
Segundo a fonte, o chefe do Mossad, David Barnea, informou aos mediadores que as forças israelenses de ocupação “se retirarão do Corredor Filadélfia na segunda fase do acordo”. O que viola os termos dos acordos que haviam sido aprovados pelos mediadores no mês de maio e julho (mas rejeitados por “Israel”). A fonte deixa expresso que “o Hamas exige a retirada das forças de ocupação do Corredor Filadélfia na primeira fase, pois não há garantias confiáveis para alcançar a segunda fase”.
Em entrevista à emissora Al Jazeera, Osama Hamdan, porta-voz do Hamas, declarou nessa terça-feira (3) sobre a intenção dos EUA de apresentar uma nova proposta que “a administração dos EUA tem sido em grande parte parceira da ocupação em todos os actos de genocídio cometidos em Gaza”, denunciando que “a conversa americana de apresentar uma iniciativa é uma tentativa de absorver a raiva resultante do fracasso de ‘israel’ e dos EUA, e outra tentativa de ganhar tempo para dar a Netaniahu mais oportunidades para matar o povo palestino”.
Segundo Hamadan, “o que é necessário não é uma iniciativa nova; o que é necessário é obrigar Netaniahu a aderir ao que foi apresentado e acordado pela resistência em 2 de Julho”.
Sobre a manutenção de tropas das forças de ocupação na Faixa de Gaza, no Corredor Filadélfia (controlando a fronteira com o Egito), Hamdan disse que “se não houver uma retirada total de Filadélfia, não podemos aceitar qualquer acordo que permita que a ocupação lá permaneça”, apontando que a solução é aceitar os acordos que foram apresentados em 5 de maio e 2 de julho, segundo os quais as tropas sionistas devem se retirar na primeira fase do acordo, concluindo que “o discurso da administração dos EUA sobre novas ideias indica que eles não querem chegar a uma solução”.