Nesta segunda-feira (30), Osama Hamdan, alta autoridade do Hamas, em entrevista à emissora TV Al-Aqsa, denunciou que “Israel” continua sabotando as tratativas para um cessar-fogo e acordo de paz.
Hamdan informou que, a cada tentativa de negociação, a entidade sionsita renega pontos com os quais havia concordado em tentativas anteriores. Ele destaca ainda que o Hamas, no que diz respeito à troca de prisioneiros, foi “ao máximo de flexibilidade”, acrescentando que a troca só pode ocorrer “desde que a agressão cesse, haja uma retirada abrangente, socorro e reconstrução sem condições”.
“Israel”, no entanto, insiste em manter tropas das forças de ocupação ocupando Gaza, especificamente o Corredor de Netzarim (faixa de terra que divide o enclave ao meio) e o Corredor Filadéfi (faixa de terra que bloqueia a fronteira de Gaza com o Egito). Hamdan também informa que os israelenses se recusam a firmar um acordo que garanta o fim das agressões sionistas contra os palestinos.
O membro do Hamas ainda comentou sobre a mais recente ofensiva das forças israelenses de ocupação contra o norte de Gaza, que ocorre há quase três meses. Hamdan denunciou que “o inimigo israelense ataca hospitais para erradicar a presença palestina de acordo com o plano dos ‘generais’”, acrescentando que “a destruição e o terrível sofrimento do nosso povo devido ao frio e à fome levantam questões sobre a existência do sistema internacional”. Ainda, ele denunciou como falsa a propaganda sionsita de que teriam quebrado a resistência: “a conversa do inimigo israelita sobre quebrar a resistência provou o seu fracasso, e a resistência continua a escrever as mais maravilhosas imagens de heroísmo”, declarou Hamdan.
Comentando sobre a situação na Cisjordânia, o membro do Hamas denunciou as ações pró sionistas da Autoridade palestina, classificando-as como “vergonhosas” e instando os membros das forças de segurança da Cisjordânia a “apontar as armas ao inimigo israelense”.
Hamdan finalizou a entrevista agradecendo à ação revolucionária do Iêmen em apoio à Palestina e sua resistência: “o que nossos irmãos no Iêmen estão fazendo é um ato apreciado e um argumento contra todos os presunçosos e covardes”.