Amir Ali Hajizadeh nasceu em 1961, próximo a Teerã, a capital do Irã, e hoje é um dos generais mais destacados da Força Aérea Iraniana. Ele é uma das principais mentes a comandar a recente retaliação do Irã, em resposta ao ataque israelense a sua embaixada na Síria, contra “Israel”, no dia 13 de abril. Nessa retaliação, chamada pelos iranianos de Operação Promessa Sincera, foram lançados mais de 300 Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) e mísseis contra o entreposto imperialista na Palestina.
Além disso, Hajizadeh lidera há muito tempo a Divisão Aeroespacial dos Guardiães da Revolução e lutou em uma unidade especial contra o Iraque na guerra Irã-iraque, impulsionada pelo imperialismo para conter a revolução iraniana.
Durante a guerra contra o Iraque, Hajizadeh combateu primeiro como atirador de elite e depois como artilheiro. Especula-se que ele tenha ascendido para a liderança de unidade após seu encontro com Hassan Moghaddam, um alto oficial iraniano do setor de mísseis, que o teria encarregado de uma missão de treinamento com mísseis Scud-B na Síria em 1984.
A partir desse ponto, Hajizadeh se tornou responsável pela gestão de projetos importantes da aeronáutica, como de adquirir tecnologia no exterior, levar para o Irã e a produzir de forma 100% nacional. Seus projetos foram de grande sucesso, pois conseguiu produzir mísseis com o alcance de 2000 quilômetros, aprimorou drones, desenvolveu tecnologia de proteção de instalações contra ataques aéreos e de diversos tipos de armamento. Esses logros, todavia, não vieram sem sabotagem dos serviços de inteligência imperialistas, como a que levou à morte o Coronel Hassan Moghaddam em uma explosão dentro de uma base militar.
Em 2009, Hajizadeh assumiu o comando da Aeronáutica dentro de um processo de reorganização das hierarquias das Forças Armadas Iranianas. Seu trabalho envolve uma expansão do setor aeronáutico militar no país, com foco na defesa do território e no ataque, além de fornecer armamento aos seus aliados no Líbano, Iêmen e em diversas outras regiões do Oriente Médio.
O sucesso do setor aéreo das Forças Armadas Iranianas viabilizou uma vigilância sobre o petróleo saudita e o apoio ao bloqueio a embarcações de “Israel” no Mar Vermelho pelos Ansar Alá. Também se tornou viável o combate aos separatistas Baluchis no Paquistão e aos rebeldes da Síria, ambos apoiados pelo imperialismo para desestabilizar países do Oriente Médio. Assim, todo o Eixo da Resistência passou a receber e utilizar o armamento iraniano.
Hajizadeh foi citado pelo governo sionista como sendo uma figura decisiva e ele é apontado por analistas como o próximo alvo de tentativa de assassinato pelas forças imperialistas, como foi Qassem Soleimani, morto pelos EUA há quatro anos. Analistas também especulam que ele receba condecorações e reconhecimentos pelo seu país em breve.