Palestina

PCO já era 1.000% Hamas antes de 7 de outubro de 2023

Panfleto das Edições Causa Operária com quase uma década de publicação ratifica política do Partido de apoio incondicional ao Hamas e combatentes palestinos

A gloriosa operação Dilúvio de Al-Aqsa aconteceu em um sábado, dia de Análise Política da Semana. Com isso, Rui Costa Pimenta teve a oportunidade de comentar praticamente em tempo real a ação heroica do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) contra a ocupação. Já naquele momento, Pimenta declarou que ele, bem como o Partido da Causa Operária (PCO) de conjunto, têm como posição o apoio irrestrito à luta da resistência palestina e ao Hamas:

“Quando a população negra do Quilombo dos Palmares se ergueu contra a elite colonial, falaram, na época, que era terrorismo. O povo palestino é um povo martirizado, pois esmagado e oprimido não descreve mais a sua situação. A posição do PCO não é 100% com o Hamas. Não é 200%. É 1.000% com o Hamas. Não aceitaremos nenhum tipo de hipocrisia política cujo resultado será um novo massacre e o esmagamento completo da população palestina. (…) O Hamas está organizando a resistência do povo palestino”, afirmou Pimenta.

Antes de 7 de outubro, no entanto, o PCO já havia deixado claro de que lado estava. Exemplo disso é o panfleto publicado em 2014 pelas Edições Causa Operária, que trouxe dois documentos fundamentais: a análise Na luta contra o Estado de ‘Israel’, o Hamas tem de ser apoiado incondicionalmente e a nota da Direção Nacional intitulada Com Palestinos em Gaza contra o Estado Sionista, assinada em 5 de agosto daquele ano. Ambos reafirmavam o apoio direto do partido à luta do povo palestino e denunciavam a política genocida do Estado sionista.

No primeiro texto, o PCO caracterizou de forma categórica que o que ocorria em Gaza era um genocídio. O documento comparava a ofensiva de “Israel” às ações fascistas de Hitler e Mussolini na Abissínia, na Tchecoslováquia e na Polônia, para mostrar o verdadeiro caráter do massacre. Em seguida, explicava que a escalada de violência tinha relação direta com a crise capitalista internacional, marcada pela crise de 2008, e pelas disputas de força no Oriente Médio.

Outro ponto central era a crítica às posições humanitárias e “solidárias” de setores da esquerda, que se limitavam a notas e declarações sem oferecer qualquer saída real. O documento deixava claro que a única posição consequente era a defesa da destruição do Estado sionista. Como afirma o texto: “a função da verdadeira revolução social é destruir o estado opressor. E essa palavra de ordem tem de ser defendida por todas as pessoas que sejam socialistas e revolucionárias, como também por um verdadeiro democrata”.

O panfleto também abordava o sentido de classe dessa posição. Contra o discurso sentimental ou moralizante, apontava que se tratava de estar do lado dos povos oprimidos contra o imperialismo. Citando Trótski, lembrava: “eu ficaria ao lado do Brasil fascista contra a Inglaterra democrática”. O exemplo demonstrava que, diante de uma luta concreta, é preciso apoiar o campo que enfrenta o opressor, mesmo que não corresponda a ideais abstratos de “democracia” utilizados para encobrir a dominação imperialista.

Já a nota da Direção Nacional, assinada em agosto de 2014, reforçava esse posicionamento. Condenava de forma contundente os ataques de “Israel” contra Gaza, chamava a luta palestina de revolucionária e denunciava a política de extermínio praticada pelo Estado sionista. A nota também destacava a limitação da esquerda brasileira — PT, PSOL, PSTU e outros — que, mesmo condenando os massacres, se recusava a defender abertamente a revolução palestina e o apoio à resistência armada.

O PCO, portanto, já em 2014 havia fixado uma posição que se diferenciava de toda a esquerda pequeno-burguesa: apoio incondicional ao Hamas e à resistência palestina. A linha traçada naquele panfleto conecta-se diretamente à posição expressa em 2023, quando o partido declarou ser “1.000% com o Hamas”. Trata-se de uma política contínua, que se mantém firme ao longo de mais de uma década, baseada na defesa da luta revolucionária do povo palestino contra o imperialismo e contra o Estado sionista.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.