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Revolução Chinesa

Há 75 anos, a maior classe operária do mundo tomava o poder na China

A revolução operária e camponesa derrotou o imperialismo japonês e levou a classe operária ao poder na China, um dos eventos mais importantes da história 

A China é um dos maiores entraves a dominação do mundo pelo imperialismo por um motivo a Revolução Chinesa de 1949. Neste 1 de outubro se completaram 75 anos da tomada do poder pela classe operária, pelo Partido Comunista Chinês liderado por Mao Tse Tung. A República Popular da China foi proclamada neste dia e acabou com 100 anos de humilhação imperialistas que haviam começado com os ataques dos britânicos no século XIX. A China entrou, com altos e baixos, em um gigantesco processo de desenvolvimento.

A Revolução Chinesa começou mais quase 40 anos antes. Em 1911 a primeira revolução, de caráter nacionalista, proclamou a república, acabando com séculos de domínio da dinastia Qing. Mas o rápido desenvolvimento do capitalismo na China levou a uma nova revolução, agora uma revolução operária em 1927. Os operários tomaram as principais cidades da China, Xangai se tornou a capital da revolução na Ásia, os operários se armaram e tomara a cidade para si, o evento ficou conhecido como a Comuna da Xangai.

Aqui os chineses foram traídos pelo stalinismo, em uma das maiores derrotas do movimento operário em toda a história. Diante da possibilidade da vitória da revolução operária, Stalin ordenou que o Partido Comunista Chinês se submetesse aos antigos nacionalistas, agora lacaios do imperialismo, realizou um gigantesco massacre. Stalin ordenou então a frente com a ala esquerda desse partido nacionalista, O Kuomingtang (KMT), este também realizou um gigantesco massacre dos operários. A Revolução Chinesa, que quase havia tomado o poder, precisaria de mais 22 anos para ser vitoriosa.

Depois de 1927 começa contraditoriamente o período mais famoso da revolução, o da guerrilha camponesa. Este recuo da revolução, que foi derrotada nas principais cidades operárias do país, depois ganhou um ar de romance. A Grande Marcha de Mao, também romantizada, não foi uma grande vitória da revolução. Ao contrário da Coluna Prestes do Brasil, que de fato derrotou o regime da República Velha, essa marcha era muito recuada diante da força do imperialismo no país.

O que retornou a força da revolução foi a invasão japonesa do país. Da mesma forma que a invasão nazista na Europa deu origem a diversas revoluções no continente. O KMT faliu completamente quando a China foi invadida pelos japoneses, quem de fato liderou a luta pela libertação nacional da China foi o Partido Comunista liderado por Mao Tse Tung. Ele foi capaz de, assim como Tito na Iugoslávia, ignorar as orientações do stalinismo e levar adiante a luta revolucionária dos camponeses e também dos operários.

Foi a revolução chinesa que derrotou o imperialismo japonês. Os norte-americanos atacaram pelo mar, mas quem de fato destruiu a economia japonesa foram os guerrilheiros chineses. Em determinado momento o Exército Vermelho também entrou em jogo e invadiu a Manchúria chinesa dominada pelos japoneses, uma região importantíssima para a economia de guerra do Japão. Ou seja, a revolução proletária mundial foi quem derrotou o Japão, não foram as bombas atômicas dos EUA, verdadeiros crimes contra a humanidade.

Com o fim da guerra a vitória do Partido Comunista Chinês era inevitável. A guerra civil eclodiu oficialmente em 1946. O KMT começou com vantagem militar, mas o PCCh avançou com a guerrilha e mobilização de massas, ganhando cada vez mais território e apoio. Entre 1947 e 1948, o PCCh lançou várias ofensivas bem-sucedidas, conquistando importantes cidades e áreas rurais. Em 1948, eles capturaram a cidade de Mukden (atual Cheniangue), o que marcou uma virada decisiva na guerra.

Em 1949, as forças comunistas avançaram em direção ao sul, capturando a capital nacionalista, Nanjing, em abril. Isso levou ao colapso do governo do KMT.  Em 1º de outubro de 1949, Mao Zedong proclamou a fundação da República Popular da China na Praça Tiananmen, em Pequim, isso foi o equivalente à Revolução de Outubro para a China. Invés da revolução levar a guerra civil a ordem aconteceu de forma invertida, a guerra civil levou a tomada do poder pela classe operária.

Mao preferiu: “o povo de toda a China foi mergulhado em amargas sofrimentos e tribulações desde que o governo reacionário de Chiang Kai-shek, do Kuomintang, traiu a pátria, coligou-se com os imperialistas e lançou a guerra contrarrevolucionária. Felizmente, nosso Exército de Libertação Popular, apoiado por toda a nação, tem lutado heroicamente e de forma altruísta para defender a soberania territorial de nossa terra natal, proteger a vida e a propriedade do povo, aliviar os sofrimentos do povo e lutar pelos seus direitos, e, finalmente, destruiu as tropas reacionárias e derrubou o governo reacionário do Kuomintang.

Agora, a Guerra de Libertação do Povo foi basicamente vencida, e a maioria do povo no país foi libertada. Com base nisso, a primeira sessão da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, composta por delegados de todos os partidos democráticos e organizações populares da China, do Exército de Libertação Popular, das várias regiões e nacionalidades do país, e de chineses no exterior e outros elementos patrióticos, foi convocada. (…)

[o comitê] proclamou a fundação da República Popular da China e decidiu que Pequim seria a capital da República Popular da China.”

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