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Dia de Hoje na História

Há 70 anos, morria Frida Kahlo

Em virtude da data, reproduzimos abaixo o artigo 06/07/1907: nasce Frida Kahlo, escrito por este Diário em 2020.

Em 13 de julho de 1954, há exatos 70 anos, morria a pintora mexicana Frida Kahlo. Em virtude da data, reproduzimos abaixo o artigo 06/07/1907: nasce Frida Kahlo, escrito por este Diário em 2020.

06/07/1907: nasce Frida Kahlo

Em 06 de julho de 1907 nascia em Coyoacán, hoje distrito da Cidade do México, Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón. Filha de uma família alemã com descendência indígena e espanhola, Frida Kahlo foi uma das mais importantes artistas da história do México.

Na infância, Frida foi vítima de poliomielite, que a deixou com várias sequelas como uma lesão em seu pé direito, pela qual ganhou o apelido “Frida pata de palo” (Frida perna de pau). Por causa disso, passou a usar calças e depois saias exóticas. Em 1925, aos 18 anos de idade sofreu um grave acidente. O ônibus na qual viajava se chocou com um trem. No episódio ela teve as costas perfuradas, fraturas diversas e hemorragias. Ficou internada em um hospital durante muitos meses, tendo que se submeter a inúmeras operações de reconstrução e destinada a usar coletes ortopédicos, feitos de vários materiais.

Foi durante essa convalescência que Frida começou a pintar. Encorajada pela família ela começou a pintar deitada na cama e com a ajuda de um espelho, criando trabalhos que discutiam sua situação como “Coluna Partida” (1944), “Henry Ford Hospital (la cama volando)” (1932) e “Sem Esperança” (1945).

Sua obra ganhou destaque quando passou a morar nos Estados Unidos e fez sua primeira exposição individual em Nova York. Frida foi a primeira a primeira mexicana a expor suas obras no Museu do Louvre. Mas foi pouco antes de morrer, em 1954, ela teve também o prazer de ver uma exposição sua no México.

Revolução Mexicana, Comunismo e Trotskismo

O começo da vida adulta de Frida coincide com o México pós-revolucionário, em intenso processo de mudança. A artista denominava-se como “filha da revolução”. Apesar de nascer em julho de 1907, em seu diário afirma ter nascido em 1910, ano em que a Revolução Mexicana eclode. Para a pintora também: “a emoção clara e precisa que eu guardo da Revolução Mexicana foi a base para que aos 13 anos de idade eu ingressasse na Juventude Comunista”.

A Revolução mexicana foi um movimento libertador que abriu o ciclo de revoluções latino americanas do século 20. Na esteira desse movimento político surgiu o movimento artístico que é tão pioneiro quanto a própria revolução mexicana e é de importância capital para cultura mundial, o muralismo.Na Escola Nacional Preparatória, ao entrar em 1922, fez parte do Los Cachuchas, um coletivo político de afeição socialista. Em 1928, depois de recuperada do acidente, filia-se ao Partido Comunista e passa a frequentar reuniões e festas semanais do meio artístico e político.

A opção política de Frida aparece em dos seus quadros mais famosos, pintado pouco antes de sua morte, chamado O marxismo dará saúde aos doentes.

Em 1929 Frida se casa com o também pintor mexicano Diego Rivera. Trotskista, Diego foi um dos grandes artistas do século XX. Seus afrescos ajudaram a estabelecer o Movimento Muralista no México. Os dois ajudaram a fundar a FIARI (Federação Internacional por uma Arte Revolucionária e Independente), junto a Trótski, André Breton e outros proeminentes artistas da época.

Diego e Frida ajudaram ainda o revolucionário russo a conseguir abrigo no México na década de 30, durante a perseguição stalinista a Trótski.

Em 2 julho de 1954 participa, em cadeira de rodas, da manifestação contra a intervenção americana na Guatemala.

Fim da Vida

Em 1953, o estado de saúde da pintora agravou-se. Seus pés tiveram gangrena e precisaram ser amputados. Apesar da tristeza com a situação, esse momento eternizou uma de suas mais famosas frases e que representa toda a vida de Frida: “Pés, para que os quero, se tenho asas para voar?”. Frida morreu em 13 de julho de 1954, no México, por embolia pulmonar.

Para saber mais sobre o muralismo, o momento político e sua ligação com a arte mexicana confira o Podcast do Programa Quarto Caderno com o tema: Diego Rivera e o Muralismo: a expressão da revolução:

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