A Guerra de Gaza de 2021 ficou marcada por uma escalada brutal de violência entre a ocupação sionista e o povo palestino, mas também por vitórias no campo militar para a Resistência Palestina, representando uma tentativa frustrada da ditadura israelense de esmagar a luta pela libertação da Palestina. Mesmo diante do imenso poderio militar de “Israel”, o povo palestino conseguiu infligir pesadas baixas às hordas sionistas, causando um impacto significativo sobre o Knesset (Parlamento de “Israel”, já então liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netaniahu), que se viu forçado a aceitar um cessar-fogo após 11 dias de combates.
Em maio de 2021, confrontos violentos irromperam na cidade ocupada de Jerusalém (Al-Quds), em especial nas imediações da Mesquita de Al-Aqsa, um dos locais mais sagrados da religião muçulmana e onde palestinos estavam sendo oprimidos pelas forças de repressão de “Israel”. O ataque brutal contra os palestinos que oravam e protestavam gerou uma onda de revolta em toda a Palestina e em diversas partes do mundo.
Em resposta, o Hamas, que controla Gaza, e outros partidos que compõem a Resistência Palestina, como a Jihad Islâmica, lançaram uma série de foguetes em direção a “Israel”. No total, mais de quatro mil foguetes foram disparados de Gaza para o território israelense durante o conflito.
A ditadura sionista, por sua vez, iniciou uma ofensiva aérea massiva, conhecida como Operação Guardião das Muros, com bombardeios constantes sobre Gaza, destruindo prédios, instalações civis, hospitais e escolas, além de matar centenas de civis palestinos. Em sua agressão, “Israel” usou armas de destruição em massa, além de milhares de mísseis direcionados a áreas densamente povoadas.
Segundo a ONU, pelo menos 256 palestinos foram mortos, sendo 66 crianças e 39 mulheres, quase metade do total de vítimas. Em contrapartida, Israel teve 13 mortos entre eles, dois civis israelenses, além de dezenas de feridos. As forças de ocupação ficaram atônitas com o alcance dos ataques da Resistência Palestina, que conseguiram atingir Telavive e outras grandes cidades sionistas, algo que “Israel” nunca havia enfrentado com tamanha intensidade.
As forças israelenses tentaram, em vão, desmantelar a infraestrutura militar da Resistência, porém viram suas próprias cidades atingidas com uma frequência jamais registrada. Principal cidade do país artificial, Telavive foi um dos alvos principais. Foguetes disparados do território palestino acertaram a cidade, causando pânico entre os israelenses. Em um ataque particularmente significativo, o Hamas atingiu um prédio de 13 andares.
Conhecido por ser o primeiro arranha-céu de Telavive, a Torre Shalom Meir abrigava apartamentos e escritórios comerciais que, após o impacto, precisaram ser evacuadas rapidamente. Embora “Israel” tenha alegado que o Domo de Ferro (sistema de defesa antiaérea sionista) abatera 90% dos quatro mil foguetes disparados pela Resistência, o ataque dos partidos revolucionários palestinos demonstrava um expressivo aprimoramento em relação a confrontos anteriores.
Durante os intensos combates, o Exército de “Israel” se lançou em uma campanha de destruição em Gaza, com ataques aéreos incessantes que visaram principalmente áreas civis. Os bombardeios destruíram dezenas de prédios, incluindo a torre de imprensa Al-Jala, que abrigava várias agências de notícias internacionais. A Resistência Palestina, porém, não cedeu.
O Hamas continuou lançando foguetes e organizou sua rede de túneis subterrâneos, conhecidos como “túneis de ataque”, para se infiltrar nas forças israelenses e fazer incursões diretas. Esses túneis se tornaram um símbolo da Resistência, já que permitiram que o Hamas e outras forças sobrevivessem aos ataques aéreos e continuassem a lutar de forma eficaz.
A reação internacional foi, como sempre, de condenação superficial, com alguns governos, incluindo o de Joe Biden nos EUA, expressando apoio explícito a “Israel”. Mesmo com a censura e a tentativa de deslegitimar a Resistência, porém, a verdade sobre os crimes de guerra cometidos por “Israel” emergia, preparando o caminho para a desmoralização da campanha de vitimização para o qual a ditadura sionista apela em momentos de crise.
Ao final de 11 dias de combate e após baixas sofridas, uma pressão crescente da comunidade internacional forçou “Israel” a aceitar um cessar-fogo. O acordo foi mediado pelo Egito e por outros intermediários internacionais, e entrou em vigor no dia 21 de maio de 2021.
Embora tenha interrompido os combates, o cessar-fogo não trouxe nenhuma solução real para o problema central: a ocupação sionista das terras palestinas. Gaza continuou sob um bloqueio genocida, com casas destruídas e jamais reconstruídas, e o sofrimento palestino seguiu seu curso, sem qualquer perspectiva de mudança.
O povo palestino, no entanto, mostrou ao mundo mais uma vez sua determinação e sua força. A resistência em Gaza, mesmo diante de um inimigo tão superior em termos de armamento e recursos, conseguiu infligir uma derrota impactante em seus opressores. O Hamas, que conseguiu sobreviver a mais uma ofensiva israelense, mostrando que a luta pela liberdade da Palestina não será facilmente apagada.