Educadores em Luta – Corrente Sindical Nacional Causa Operária
O governo federal, através do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), propôs, no dia 15 de maio de 2024, o pífio reajuste para os anos de 2025 e 2026. A proposta anterior era de 9% para 2025 e 3,5% para 2026. Agora, o governo procura confundir a categoria com números que confundem a progressão de carreira com reajuste. Segundo comunicação do Andes-SN, o reajuste seria de 13,3% a 31,2%, considerando que a condensação dos primeiros níveis e classes promoveriam esse reajuste que seria aparentemente significativo. De fato, o que temos de proposta é um reajuste e readequação de carreira que impactariam em 2026 o primeiro nível com 12,8% de reajuste e o último nível (professor associado 4 e titular) em 17,6%. Além de não contemplar a rebaixada proposta do Andes-SN de 22,71% referente às perdas que dizem respeito aos últimos anos, fica longe de repor os 45% de perdas acumuladas pelos servidores.
É importante destacar que foi a greve que forçou a negociação, que ainda está longe de mostrar uma iniciativa real de parte do governo em resolver os graves problemas pelo quais passam nossa categoria e o ensino federal depois de anos de ataques dos governos golpistas de Temer e Bolsonaro.
A greve tem demonstrado apoio e grande adesão apesar de muito mal articulada pelas direções sindicais, o que aponta que não podemos aceitar o “reajuste 0” para 2024.
É preciso continuar a greve e aumentar a mobilização, unindo forças no ato com outros setores da Educação no próximo dia 22 de maio em Brasília, promovendo uma nova grande marcha.
Não aceitaremos que os servidores paguem pela crise. Contra a política de “déficit zero” e de juros altos e roubalheira dos bancos (que levaram R$1,9 trilhão do orçamento federal no ano passado), garantir o atendimento das reivindicações dos servidores e de todos os setores da população que realmente precisam (como o povo do Rio Grande do Sul), tirando dos bancos e dos grandes capitalistas – somente em 2023, R$215 bilhões foram entregues às grandes corporações a título de renúncia fiscal.
É hora de intensificar a unidade e a mobilização até a vitória da greve!