A greve dos trabalhadores do INSS completou 80 dias no dia 4 de outubro, resistindo à repressão do governo, que tentou desmobilizá-los com corte de ponto, ameaças judiciais e penalidades. Apesar disso, a greve continua. Representantes sindicais estiveram na Comissão de Legislação Participativa (CLP) para formalizar um pedido de negociações com o Governo Federal.
O CNG reforça a necessidade de organização de caravanas a Brasília na semana de 7 a 11 de outubro, com ações no Congresso Nacional para pressionar o governo. Além disso, os trabalhadores foram orientados a intensificar a pressão sobre os deputados nos estados para que a negociação seja concretizada.
Paralelamente, atos e assembleias aconteceram em diversas regiões do Brasil para fortalecer o movimento grevista. No dia 4 de outubro, trabalhadores do INSS realizaram manifestações em seus locais de trabalho, enquanto os comandos estaduais de greve continuam mobilizados em diferentes estados, como Ceará, Espírito Santo, Goiás e Pará, em defesa dos direitos dos servidores e contra a reforma administrativa.
Dividida entre a luta no Congresso e a luta nas ruas, a greve está em uma encruzilhada. Se fortalecer o seu lado combativo pode vencer, no entanto, se sua luta for canalizada para a CLP do Congresso ela tende a se tornar mais uma greve derrotada pelo túmulo dos movimentos sociais, o Parlamento.