Na quarta-feira (11), uma greve no aeroporto da internacional do Quênia deixou centenas de pessoas esperando por suas viagens. A Autoridade Aeroportuária do Quênia confirmou a situação no Aeroporto Internacional Jomo Kenyatta (JKIA), na capital, Nairóbi, mas afirmou que as operações mínimas foram retomadas a partir das 7h, horário local.
“Estamos envolvendo as partes relevantes para normalizar as operações“, afirmou em um comunicado, pedindo desculpas aos passageiros por qualquer inconveniente causado.
Na noite de terça-feira (10), o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação do Quênia (KAWU) anunciou no X (antigo Twitter) que seus membros fariam uma paralisação devido à “venda ilegal planejada do JKIA para a Adani Airport Holdings da Índia“.
O acordo proposto, descrito pelo governo queniano como uma “parceria público-privada”, permitiria que a empresa indiana operasse o JKIA por 30 anos, supostamente em troca de um investimento de US$ 1,8 bilhão no país da África Oriental.
O sindicato dos trabalhadores da aviação considera que a vende é um ataque aos trabalhadores e considera que há possibilidade de demissões em massa.
Ao anunciar a greve na terça-feira, o KAWU compartilhou documentos anteriores nos quais exigia a renúncia imediata de todo o conselho de diretores da Autoridade Aeroportuária do Quênia. A associação afirmou que “enquanto deveriam ter exercido prudência e responsabilidade como guardiões deste ativo estratégico nacional em nome dos quenianos” foram totalmente irresponsáveis.
Imagens compartilhadas pela imprensa local na manhã de quarta-feira (11) mostraram dezenas de trabalhadores do aeroporto tocando vuvuzelas de plástico e gritando “Adani deve ir”. Segundo o jornal Nation, trabalhadores da aviação nas cidades de Kisumu e Mombaça se juntaram à greve, que se espalhou para aeroportos regionais.