A luta dos estudantes em defesa da Palestina está causando uma reação ultra repressiva da burguesia no mundo inteiro. Na Grécia, nove cidadãos europeus serão deportados por terem participado dos protestos no campus da Escola de Direito da Universidade de Atenas em maio.
Os estudantes são provenientes da Alemanha, da Inglaterra, da França, da Itália e da Espanha, e estavam entre as 28 pessoas presas sob acusação de “interromper o funcionamento de uma entidade pública” e “ajudar a danificar propriedade estrangeira”, conforme relatado nos documentos judiciais.
As “provas” contra eles incluem panfletos, bandeiras palestinas, sinalizadores de fumaça, máscaras de gás, capacetes, latas de tinta e mastros de bandeira, além de uma declaração em um portal grego com textos em inglês convocando outros a se juntarem ao protesto.
Os cidadãos gregos que participaram dos protestos foram liberados aguardando julgamento na semana passada, mas os nove estrangeiros – um homem e oito mulheres, com idades entre 22 e 33 anos – ainda estão sob custódia aguardando uma decisão sobre sua deportação.
Seus advogados divulgaram uma declaração afirmando que ordens de deportação foram emitidas, impedindo os réus de comparecerem ao próprio julgamento. As advogadas Ioanna Sioupouli e Anny Paparoussou argumentaram que seus clientes, que vivem e trabalham na Grécia, planejam entrar com recurso, enquanto o advogado Vassilis Papadopoulos, representando um espanhol de 33 anos, chamou a decisão de “arbitrária e ilegal”.