Conforme noticiou o órgão de imprensa The Cradle, reproduzindo declaração do conselho de ética financeira da Noruega, “a empresa (Bezeq), por meio de sua presença física e fornecimento de serviços de telecomunicações para assentamentos israelenses na Cisjordânia, está ajudando a facilitar a manutenção e expansão desses assentamentos”, acrescentando que “ao fazer isso, a própria empresa está contribuindo para a violação do direito internacional”.
Em razão disto, oficialmente, o fundo soberano da Noruega vendeu suas ações na Bezeque, gigante de telecomunicações de “Israel”. A título informativo, fundo soberano é uma ferramenta financeira utilizada por países para destinarem uma de suas reservas internacionais à exportação de capital. Conforme informações do The Cradle, o fundo norueguês “possui 1,5% das ações listadas no mundo em 8.700 empresas”, sendo que, no final de julho, possuía 0,76% das ações da Bezeq, avaliadas em US$ 22,8 milhões”, já uma redução em relação a janeiro (2,2%). A entidade financeira norueguesa é o maior fundo soberano do mundo, avaliado em US$ 1,8 trilhão.
Segundo informa o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), “a Noruega adoptou uma postura ‘mais dura’ contra as empresas implicadas na ocupação de Israel, após a decisão do Tribunal Internacional de Justiça, em Julho de 2024, de que a ocupação de Gaza e da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, é totalmente ilegal”, tendo o país, anteriormente, em maio, reconhecido a Palestina formalmente como um Estado independente.
Contudo, a Noruega permanece é um Estado imperialista, considerando a resistência palestina (Hamas e demais) como terroristas, sendo a medida de desinvestimento contra a Bezeque uma medida voltada contra a extrema-direita sionista (com finalidade de manter a situação sob o controle do imperialismo), e não um ataque contra o Estado de “Israel”.