Segundo informações da Folha de S. Paulo, em três casos durante a operação da Polícia Militar de São Paulo na Baixada Santista, os quais resultaram em nove pessoas assassinadas, a PM deixou de fazer a perícia no local dos fatos.
Em nota, a pasta afirmou que “o trabalho da perícia é parte fundamental da investigação dos casos. No entanto, a não realização é exceção e pode ocorrer por diferentes fatores”.
A PM tenta se explicar em alguns dos casos, afirmando que ou o local dos assassinatos era de difícil acesso, ou que o risco de um novo confronto é “razão pela qual não é possível a preservação do sítio do evento por parte dos componentes da Rota”.
Em São Paulo, a PM de Tarcísio de Freitas (Republicanos) está causando a segunda maior chacina da história do estado. Já são mais de 40 pessoas oficialmente assassinadas, número maior que a Chacina do Guarujá, em 2023.
A não realização da perícia, nesse sentido, serve para ocultar os crimes da polícia e impedir que seja aferido que muitas das mortes – senão todas – são execuções que vêm acompanhadas de tortura.