A educação paulista vem sendo atacada há muito tempo pelos sucessivos governos do PSDB. No entanto, os governos “bolsotucanos”, como os de João Doria (PSDB) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), intensificaram a retirada de direitos dos professores e a privatização das escolas.
O governo de Tarcísio anunciou que, em novembro, lançaria um leilão para privatizar 33 escolas estaduais, em mais um ataque ao povo paulista. Após quase um ano do anúncio, na semana passada, começou a privatização de 17 escolas no bloco oeste, e, nesta semana, mais 16 escolas do mesmo bloco.
O objetivo do governo “bolsotucano” é privatizar todo o sistema educacional paulista. Neste momento, a alegação é que a empresa apenas irá gerenciar o que não é pedagógico. Contudo, no Paraná — de onde veio o Secretário de Educação, Renato Feder —, as escolas privatizadas estão cada vez mais nas “mãos” dessas empresas.
A princípio, a empresa será responsável pela merenda, Internet, segurança, infraestrutura e limpeza das escolas. Algo que, à primeira vista, parece apenas administrativo, mas que é intrinsecamente ligado ao pedagógico.
O leilão dessas escolas e outras medidas anunciadas neste final de 2024 mostram que é necessária uma ampla mobilização dos trabalhadores da educação. A educação pública de São Paulo está ameaçada de ser extinta.
Não é de hoje que o governo Tarcísio tem atacado os profissionais da educação. Uma das medidas logo no começo do seu governo foi a implementação das plataformas digitais e o aumento do desconto no salário por falta.
A luta no parlamento ou na justiça tem se mostrado inócua, pois as perdas apenas se acumulam, e é preciso ir além.
É preciso ir às ruas contra a política do governador de entregar o patrimônio do povo aos vampiros capitalistas — que, ao contrário do que diz Tarcísio e a imprensa capitalista, não promovem melhorias, apenas retrocessos. O “Fora, Tarcísio” está na ordem do dia: é necessário mobilizar os trabalhadores e os estudantes contra os ataques neoliberais do “bolsotucano”.