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Paraná

Governo Ratinho Jr. pede prisão de dirigente sindical por greve

A ditadura do Judiciário ataca a greve dos professores do Paraná, impõe uma multa de 100 mil reais por dia e pede prisão da presidente Walkiria Mazeto

Na terça-feira (4), a Procuradoria-Geral do Estado do Paraná pediu a prisão da professora Walkiria Olegário Mazeto, presidente da APP-Sindicato, entidade que representa os professores das escolas públicas do estado. O Judiciário, para justificar a medida, definiu que não se pode manter a greve.

O pedido ainda requer que seja arbitrada multa diária, no valor de 10 mil reais em desfavor de Walkiria, caso a presidente do sindicato continue “incitando o movimento paredista de professores”. O Judiciário pede multa diária no valor de 100 mil reais em desfavor da entidade sindical, aplicável desde o dia 3 de junho.

“Em razão do não cumprimento da ordem judicial da qual tinha ciência inequívoca e que suspendeu o movimento grevista na data de 01 de junho de 2024 (cujo início seria em 03 de junho de 2024), mantendo todos os atos paredistas, incitando cidadãos verbalmente e através das redes sociais à adesão à greve, e, ainda, com isto, gerando danos ao patrimônio público que serão objeto de pedido de ressarcimento oportunamente”, diz o pedido.

O governo bolsonarista de Ratinho Jr. se torna um dos mais repressivos do Brasil. O movimento dos professores não deve se acuar diante da ditadura do Judiciário e deve manter-se firme em sua mobilização.

Na tarde dessa segunda-feira (3), professores e alunos ocuparam a Assembleia Legislativa do Paraná (AIEP), em protesto contra o projeto de lei estadual, apoiado pelo governo Ratinho Jr., que terceiriza a gestão das escolas públicas do Paraná.

Os manifestantes, que buscavam acompanhar a sessão e se manifestar de forma contrária a terceirização da gestão, foram impedidos de entrar nos recintos da Alep, o que fez com que fosse necessário que os manifestantes derrubassem o portão principal para ter acesso ao parlamento. Em vídeo, é possível ver que policiais tentaram conter e reprimir os manifestantes, mas a volumosa massa de manifestantes avançou e as forças repressivas foram engolidas pela movimentação popular. Em outro vídeo, já nas rampas que dão acesso ao interior do parlamento, um segurança que, inicialmente, tentava conter os manifestantes, acabou cedendo e pediu a outros seguranças que “deixassem todo mundo passar.”

Conforme a administração da ALEP relatou, a manifestação ocupou o espaço do parlamento, que é público, por volta das 14h30, pouco antes do início da sessão. Outros manifestantes já estavam nas galerias do plenário, para acompanhar a manifestação, mas foram impedidos de estender bandeiras ou se manifestar até que a ocupação começasse.

A entidade também apontou que 20 mil manifestantes teriam se concentrado no centro e seguido em direção à Alep.

O Projeto de Lei, votado em regime de urgência virtualmente mais tarde no mesmo dia, transfere a gestão administrativa e de infraestrutura de 204 escolas estaduais para os bolsos de empresas privadas, terceirizando os setores. A gestão será feita por meio do programa “Parceiro da Escola”, programa que já havia angariado ampla oposição da categoria anteriormente.

O governo do Paraná, que tem levantado séria oposição de alunos e professores do Estado, faz lembrar o governo Beto Richa (PSDB) , que constantemente é lembrado por professores por conta do “massacre de 2015”, onde professores se manifestaram contra a demissão de 9.700 funcionários, sendo recebidos por policiais militares que responderam livremente com balas de borracha, bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, pisoteamento por parte dos cavalos e ataques das unidades caninas da polícia.

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