Em mais uma medida autoritária, o governo de Eduardo Paes, com apoio da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio RJ), iniciou a instalação de câmeras de vigilância nas praias da Zona Sul do Rio de Janeiro, focadas diretamente nas áreas de lazer dos trabalhadores cariocas. No total, 150 câmeras foram distribuídas em locais estratégicos, cobrindo do calçadão até a areia.
O projeto de vigilância, que coloca até mesmo o espelho d’água sob controle, tem como objetivo declarado “reforçar a segurança”, mas, na prática, representa um avanço do aparato repressivo do Estado.
Essas câmeras, instaladas em locais que são frequentados por moradores e turistas, expandem o controle ostensivo das polícias, sempre justificado pela necessidade de “proteger a população”. Trata-se, no entanto, de um claro esforço para limitar e vigiar a população.
A implementação das câmeras acontece a tempo da alta temporada de turismo, deixando claro o objetivo de proteger interesses empresariais, não a segurança dos trabalhadores e moradores. Com essa iniciativa, a prefeitura do Rio de Janeiro avança com sua política repressiva, atendendo aos interesses da burguesia.
A instalação de centrais de monitoramento nos batalhões da Polícia Militar em Copacabana e no Leblon, como parte desse projeto, confirma que a verdadeira preocupação é reprimir a população.