Encerradas as eleições municipais de 2024 o PT e a esquerda que apoia o governo Lula, saíram ainda mais reféns da direita que compõe a Frente Ampla.
O PT e Lula, são impulsionadores da aliança da esquerda com a direita em nome da “governabilidade” do Brasil, uma tentativa de reedição das alianças dos dois primeiros governos Lula e depois Dilma, que terminou com o golpe de Estado.
Um caso exemplar é o PSD, que tem como presidente o ex-prefeito direitista de São Paulo, Gilberto Kassab e que controla três ministérios (Agricultura e Pecuária, Minas e Energia e Pesca e Aquicultura). Mesmo no governo, apoia com Bolsonaro a candidatura à reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) contra o candidato de Lula, Guilherme Boulos (PSOL).
Kassab foi ainda além. Em entrevista ao UOL News, declarou que Tarcísio de Freitas é a “maior revelação política do país“. Que o apoio a Lula em 2026 não está garantido:
“Poder pode. Vai depender da avaliação do presidente Lula no momento das definições, não é? É evidente que pode, são partidos que têm bons quadros.
Eu dou o exemplo do PSD. Nós temos no partido hoje um presidenciável que já se dispôs a examinar o assunto caso o partido queira ter um candidato, que é o Ratinho Júnior. O partido gosta da ideia de tê-lo como candidato.”
O PSD, que elegeu o maior número de prefeitos no País, assim como os outros partidos da direita da Frente Ampla, são verdadeiros “cavalos de Troia” no governo Lula. Assim como em 2016, estão prontos para apunhalar quando lhes convier. Enquanto isso, vão aumentar ainda mais a pressão por cargos no governo.
Essa é a conta do fracasso estupendo da Frente Ampla.