No dia 14 de novembro, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do governo da Bahia oficializou, por meio de publicação no Diário Oficial do Estado (DOE), a compra de 200 fuzis de uma empresa israelense. O anúncio afirma que foram gastos mais de 366.000 dólares, ou mais de 1.815.000 de reais.
Ainda segundo a publicação feita no DOE, os 200 fuzis são de 7,62 x 51 mm, considerados de assalto calibre e serão destinados à Polícia Civil da Bahia (PCBA). Além disso, a compra foi feita por meio de um Pregão Eletrônico Internacional junto à empresa Israel Weapon Industries Ltd. No Brasil, a empresa sionista tem como representante a M1-Consultoria e Tecnologia Ltda., o contrato do governo baiano com a fabricante tem prazo de vigência até 30 de junho de 2025, valendo a partir da data de publicação da compra no DOE.
Diante desta notícia, o Comitê Baiano de Solidariedade ao Povo Palestino publicou uma nota denunciando a compra por parte do governo da Bahia. Reproduzimos, abaixo, a nota na íntegra conforme publicada pelo colunista Ivan Rios no portal Brasil 247:
O Comitê Baiano de Solidariedade ao Povo Palestino expressa veemente repúdio à decisão do governo do Estado da Bahia de adquirir 200 fuzis de assalto de uma empresa israelense. O contrato, no valor de R$ 2 milhões, foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira, 14/11.
Essa aquisição representa um duplo financiamento da violência: contribui para o genocídio contra a juventude preta das periferias baianas, que serão as principais vítimas dessas armas, e patrocina o genocídio do povo palestino ao financiar uma empresa ligada ao regime israelense.
Apelamos ao governador Jerônimo Rodrigues que revise urgentemente essa decisão e se coloque no lado certo da história, rejeitando qualquer associação com o sangue derramado de palestinos e baianos.
Salvador, 15 de novembro de 2024.