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PGR

Gonet, de dentro do governo Lula, defende a Lava Jato

Paulo Gonet é um lavajatista infiltrado no governo Lula

Desde a sua indicação para PGR, já estava claro que Paulo Gonet seria um dos piores, se não o pior erro do presidente Lula. Ele é um bolsonarista e lava-jatista em um cargo que tem um dos maiores poderes para qualquer tipo de campanha golpista. Deveria ser prioridade indicar alguém que não fosse atacar o governo, mas Lula fez o extremo oposto. Passado menos de um ano de sua indicação, Gonet mostra sua face real, quer manter a condenação de José Dirceu pela Lava Jato, a poucos passos de atacar o presidente Lula.

A PGR oficialmente recorreu da decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, que anulou duas condenações da Lava Jato contra o ex-ministro José Dirceu. Gilmar havia estendido a Dirceu os efeitos da decisão de 2021 que considerou Sergio Moro suspeito para atuar em processos contra Lula, anulando todos os atos de Moro e das instâncias superiores. No recurso, o procurador-geral Paulo Gonet argumenta que a decisão de suspeição de Moro não deveria ser aplicada ao caso de Dirceu.

A operação Lava Jato, uma conspiração golpista organizada nos EUA, foi lançada em 2014 para derrubar a presidenta Dilma e destruir o PT. Ela conseguiu o primeiro objetivo, mas não o segundo. Com a luta dos trabalhadores e com a enorme mobilização contra o golpe, a Lava Jato foi derrotada e um setor da burguesia que também havia sido afetado pela operação e que era representando por Gilmar Mendes no STF decidiu pôr um fim à operação. Foi assim que Lula foi liberto e muitos políticos e empresários da direita se safaram das condenações. O caso de Zé Dirceu inclusive demorou muito para ser resolvido.

Todo esse processo de desmoralização da Lava Jato é de 2019, mas Gonet continua defendendo a operação! Ele afirmou que: “o Ministério Público Federal perante essa Corte vem sustentando que o reconhecimento de irregularidade ocorrida num processo não se estende a outro, com partes distintas, mesmo que ambos tenham sido conduzidos pela mesma autoridade coatora“. Leia-se, confie em Sergio Moro, ele é um juiz capaz de condenar Lula ilegalmente, mas, no caso de Zé Dirceu, ele fez tudo corretamente. Há um Sergio Moro na PGR, um perigo gigantesco para o governo e todos os trabalhadores.

E ele continua: “a perspectiva de a condenação do requerente haver sido armada para estabelecer bases para a perseguição criminal do paciente do habeas corpus concedido pela corte não se mostra evidenciada e esbarra na consideração de que os fatos atribuídos a um e a outro personagem dos processos cotejados não são os mesmos“. Traduzindo a fala jurídica: a Lava Jato não foi um processo de perseguição ao PT, então a condenação de Lula não tem relação nenhuma com a condenação de Zé Dirceu. Apenas um lava-jatista linha dura poderia afirmar isso com esse cinismo. A declaração deixa claro que Gonet tem a política de perseguição ao PT e está dentro do governo do PT, é um infiltrado no alto escalão do governo.

Gilmar Mendes, neste caso, defende um argumento jurídico mais correto, pois vai ao encontro de seus interesses como explicado acima. Ele diz que Moro agiu com parcialidade e afirmou que “os membros da força-tarefa da Lava Jato se especializaram na utilização de estratégias midiáticas, baseadas na espetacularização do processo penal, para influenciar a opinião pública contra os investigados e seus defensores“. Um argumento que foi levantado pela esquerda desde o ano de 2014 quando começou a operação.

E ainda disse que: “como entendeu o colegiado, as provas demonstraram que a atuação parcial do ex-juiz Sérgio Moro fez com que os passos do paciente e de seus advogados fossem monitorados pela Polícia Federal, em uma tentativa de burlar a inviolabilidade do escritório de advocacia e dos instrumentos de trabalho do advogado, especialmente a comunicação telefônica, telemática e eletrônica associada ao exercício da profissão“.

Novamente um argumento correto. Se Moro agiu com parcialidade em diversos processos da Operação Lava Jato, se ele cometeu crimes em um processo, então toda a operação deve cair por terra. E isso no terreno jurídico, porque em questão política, pessoas que agiram a serviço do governo dos Estados Unidos contra um governo eleito poderiam sofrer repressões muito maiores. Em certos países, onde a luta contra o imperialismo é travada com mais afinco, como Irã e Rússia, isso poderia levar à morte do juiz Moro por traição à pátria.

E, posteriormente, aqueles que seguissem sendo suspeitos de defender essa operação organizada pelo país estrangeiro, como Paulo Gonet, certamente não estariam no governo. Mas fato é, o ataque contra Zé Dirceu teve um ponto positivo: escancarou que a PGR é inimiga do PT e de Lula.

Ainda há tempo do presidente tomar medidas contra esse quinta-coluna. Poderia aproveitar e demitir boa parte do governo que atua da mesma forma que Gonet.

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