Na quarta-feira (22), o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, afirmou que o país precisa de sua recentemente aprovada “lei de agentes estrangeiros” para conter a influência externa e evitar que se torne uma nova Ucrânia.
A “Lei de Transparência da Influência Estrangeira”, exige que ONGs, veículos de imprensa e indivíduos que recebam mais de 20% de seus financiamentos do exterior se registrem como entidades “promovendo os interesses de um poder estrangeiro” e divulguem seus doadores.
O projeto de lei provocou semanas de protestos na capital georgiana, Tbilisi, criados artificialmente pelas ONGs que tem um enorme poder no país.
Kobakhidze afirmou que a situação de Georgia é de “águas turvas”, onde a influência estrangeira flui sem restrições e onde aqueles que desejam afetar o governo do país podem facilmente “pescar” oponentes das políticas estatais e uni-los para formar movimentos de rua.
Sem a lei, ele diz, há o risco de o país se tornar mais um Estado de procuração ocidental, assim como aconteceu na Ucrânia com o golpe de 2014.
“Queremos transparência… não queremos deixar águas turvas neste país, porque um ‘Maidan georgiano’ poderia levar nosso país a consequências muito sérias, à sua ‘ucranização’. Não podemos concordar com isso”, afirmou Kobakhidze.