O imperialismo, norte-americano e europeu, permanece impulsionando o golpe de Estado na Geórgia, país que faz fronteira com a Rússia. Sob a forma de revolução colorida, utiliza-se de manifestantes golpistas vinculados a ONGs para alegar que as mais recentes eleições, que resultaram na vitória do Sonho Georgiano, partido cada vez mais próximo da Rússia, foram fraudadas.
Na tarde deste domingo, manifestantes deram início a uma marcha em direção ao centro de Tbilisi (capital da Geórgia), onde fica localizado o parlamento. Segundo noticia a emissora Russian Today (RT), o objetivo declarado da marcha era impedir a realizada da primeira sessão parlamentar dos legisladores recém-eleitos. Conforme vídeos divulgados pela agência de notícias TASS, os manifestantes bloquearam a Praça dos Heróis durante a marcha, praça localizada a caminho do parlamento, a norte.
Durante a marcha, foram vistas não apenas bandeiras da União Europeia, mas bandeiras da Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN), exército do imperialismo norte-americano no continente Europeu, conforme constatado por vídeos divulgados em canais do Telegram. Uma demonstração da natureza imperialista da manifestação.
Os manifestantes golpistas chegaram ao parlamento à noite e, conforme noticiado pela RT, decidiram realizar uma “’manifestação sentada’ “prometendo ‘criar desconforto’ para o partido no poder e impedi-lo de realizar a sessão parlamentar”, com barracas sendo erguidas nas proximidades do local, conforme vídeos divulgados em canais do Telegram. As forças de segurança da Geórgia montaram perímetro de segurança ao redor do prédio do parlamento, para impedir que os manifestantes eventualmente tentassem invadir o local.
Ainda na noite do domingo, o Ministério do Interior alertou “os participantes e organizadores do comício planejado para não irem além do arcabouço legal de assembleias/manifestações e para se absterem de ações ilegais. Caso contrário, a polícia tomará todas as medidas legais necessárias para impedi-las”.
Os protestos continuaram nesta segunda-feira (25). Contudo, o perímetro montado por centenas de agentes das forças de segurança da Geórgia impediu que os manifestantes golpistas conseguissem frustrar a primeira sessão parlamentar. Conforme noticiado pela emissora Sputnik a primeira reunião do parlamento foi aberta e “o Parlamento da Geórgia da 11ª convocação adquiriu plenos poderes e, consequentemente, foram extintos os poderes do órgão legislativo da convocação anterior”. Tendo em vista que a presidente golpista Salome Zurabishvili, francesa de nascença e serviçal do imperialismo, não compareceu ao parlamento, “a primeira reunião do parlamento foi aberta pelo deputado mais antigo, Lado Kakhadze”.
Como parte da tentativa golpista, parlamentares da oposição se recusaram a trabalhar no novo parlamento. Apesar disto, os mandatos de todos os 150 parlamentares eleitos foram reconhecidos, conforme noticiado pela Sputnik. Referida emissora ainda informou que “o Parlamento da Geórgia está equipado – um presidente, vice-presidentes e chefes de comissões foram eleitos”. Shalva Papuashvili, membro do Sonho Georgiano, foi eleito presidente do parlamento.
O fracasso dos manifestantes em impedir a realização da primeira sessão mostra que o governo da Geórgia e o Sonho Georgiano estão conseguindo, até o presente momento, frustra a revolução colorida em andamento no país.
Ressalta-se que “a Comissão Eleitoral Central da Geórgia está pronta para administrar as eleições presidenciais”, e que elas devem “ocorrer dentro de 45 dias”, segundo informado pelo chefe da Comissão Eleitoral Central, Giorgi Kalandarishvili, declaração reproduzida pela Sputnik. Sendo a atual presidente uma agente do imperialismo dentro do Estado da Geórgia, as eleições presidenciais podem resultar em mais uma derrota da ofensiva golpista no país.