Neste 18 de novembro o Rio de Janeiro teve 2 importantes encontros. A Cúpula do G20, onde chefes de Estado do mundo se encontraram no Museu de Arte Moderna. Outro, mais importante, foi o grande ato nacional em defesa da Palestina. Menos de um km separou esses dois eventos, mas a distância foi compensada em repressão, milhares de policiais realizaram uma repressão enorme contra a mobilização. O medo dos genocidas que vieram ao Brasil mostra o acerto gigantesco dessa mobilização.
A partir de 6:30 da manhã um número gigantesco de policiais chegou a Praça da Cinelândia, para onde o grande ato estava marcado há mais de um mês. Eles gradearam toda a praça, algo que não aconteceu há décadas. Depois cercaram todo o perímetro, tentaram impedir as pessoas de chegar, tentaram impedir as bandeiras, os materiais de campanha de chegar. Intimidaram os manifestantes de todas as formas possíveis. E isso sem contar com a medida mais absurda, imposta pelo governo bolsonarista. Todos os metros próximos e o VLT (bonde) foram desativados para esvaziar o ato.
Ainda assim, milhares estiveram presentes, desde Rondônia até o Rio Grande do Sul, operário, camponeses, índios, trabalhadores de todo o Brasil foram às ruas defender a Palestina. A repressão impediu pessoas de chegarem, impediu o ato de ter um carro de som, impediram o ato de se deslocar em passeata, mas não conseguiram impedir o ato de acontecer. Os genocidas chegaram ao Brasil e foram recebidos pelo povo na rua. Não fosse o gigantesco aparato de repressão, o próprio Biden escutaria os gritos da população.
Essa é a realidade dos chefes de Estado do imperialismo. Biden, Starmer, Macron, Sholz, Meloni, Trudeau e Ishiba. São odiados em todo o planeta, são os responsáveis pelos golpes de Estado, pela política de destruição neoliberal, pela fome do mundo. No G20 eles afirmam combater a fome e a “crise climática”, mas são eles os responsáveis pela fome no mundo. São eles os responsáveis pelas tragédias como a do Rio Grande do Sul, que não tem nada a ver com o clima e sim com a política neoliberal de destruição da infraestrutura.
A repressão gigantesca foi o atestado de que o ato foi uma enorme vitória. Em meio a essa repressão enorme, o ato, com milhares de pessoas, se assemelhou a grande manifestação de 30 de junho em São Paulo, a maior e mais importante manifestação da esquerda em 2024. Tal qual o Estado de “Israel”, a materialização mais acabada da repressão, os dias em que a burguesia poderá fazer isso no Brasil estão contados. O povo da Palestina e o povo do Brasil serão livres.