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Política internacional

Genocida Netaniahu baixa o nível para atacar o presidente Lula

Em menos de uma semana, o Estado de “Israel” comparou Lula a um macaco, tornou-o persona non grata, chamou-o de negacionista do holocausto e coagiu o embaixador brasileiro

No último domingo (18), o presidente do Brasil fez uma declaração que enfureceu os líderes do Estado de “Israel”: comparou a invasão genocida da Faixa de Gaza com o extermínio nazista dos judeus. Uma comparação feita por milhões ao redor do mundo, mas agora por uma das pessoas mais respeitadas, se não, a mais respeitada, no que tange a diplomacia internacional. Isso levou o Estado de “Israel” a realizar uma das campanhas mais baixas de sua história, e ao que tudo indica o tiro saiu pela culatra e Lula não recuou nem um milimetro. Ele até reafirmou que “Israel” é genocida em um evento no Rio de Janeiro na sexta-feira (23).

Aqui vale lembrar todos os ataques israelenses ao presidente do Brasil e ao próprio País durante a semana que se passou. O principal cão de guarda do sionismo foi Israel Katz, o ministro das relações exteriores de “Israel”. No próprio dia 18 ele publicou: “esta manhã, convoquei o embaixador do Brasil em Israel para Yad Vashem, o local que demonstra mais do que qualquer outro o que os nazistas e Hitler fizeram aos judeus, incluindo a membros da minha própria família. A comparação do presidente do Brasil, Lula, entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas, que exterminaram 6 milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória dos que foram mortos no Holocausto. Não perdoaremos, nem esqueceremos – em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, declarei ao presidente Lula que ele é uma persona non grata em Israel até que ele se desculpe e reconsidere suas palavras.”

Primeiro é preciso destacar o sistema quase mafioso por meio do qual opera o sionismo. O que foi feito com o embaixador do Brasil foi quase uma condução coercitiva ao estilo da Polícia Federal, um escândalo diplomático por si só. Declarar Lula “persona non grata” já foi algo sem precedentes. Ficou claro que o sionismo ultrapassou uma linha vermelha já no primeiro dia. E não foi só o MRE, o próprio Netaniahu comentou:

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender. Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha. Israel luta pela sua defesa e pela garantia do seu futuro até à vitória completa e fá-lo ao mesmo tempo que defende o direito internacional. Decidi com o chanceler Israel Katz convocar imediatamente o embaixador brasileiro em Israel para uma dura conversa de repreensão.”

A declaração do primeiro ministra nazista de “Israel” mostra que foi iniciativa dele a campanha contra o Brasil e que ele é o agente por detrás do método fascista contra o embaixador brasileiro. Mas isso foi apenas o começo.

No dia seguinte, Israel Katz publicou: “não nos curvaremos. Até que o presidente brasileiro Lula peça desculpas e se retire do incitamento anti-semita que lançou contra o povo judeu e Israel – ele será uma personalidade indesejada no Estado de Israel”. Dois dias depois ele publicou em português:

“Presidente do Brasil, Lula, milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler? É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez? Levou milhões de pessoas para guetos, roubou suas propriedades, as usou como trabalhadores forçados e depois, com brutalidade sem fim, começou a assassiná-las sistematicamente. Primeiro com tiros, depois com gás. Uma indústria de extermínio de judeus, de forma ordeira e cruel. Israel embarcou numa guerra defensiva contra os novos nazistas que assassinaram qualquer judeu que viam pela frente. Não importava para eles se eram idosos, bebês, deficientes. Eles assassinaram uma garota em uma cadeira de rodas. Eles sequestraram bebês. Se não tivéssemos um exército, eles teriam assassinado mais dezenas de milhares. Que vergonha. Sua comparação é promíscua, delirante. Vergonha para o Brasil e um cuspe no rosto dos judeus brasileiros. Ainda não é tarde para aprender História e pedir desculpas. Até então – continuará sendo persona non grata em Israel!”

A histeria dos supremacistas brancos de “Israel” rapidamente se transformou em racismo escancarado. Um cartunista sionista publicou uma imagem do presidente brasileiro o comparando com um macaco e depois de Lula sendo a esposa do Aiatolá do Irã.

Dentro de três dias, os sionistas organizaram mais uma peça de propaganda. Publicaram o vídeo de uma suposta brasileira falando do 7 de outubro quando seu namorado foi supostamente morto pelo Hamas. Em nenhum momento dos oito minutos de vídeo ela fala da principal acontecimento da festa rave onde supostamente estava. Quando o helicóptero apache de “Israel” chegou atirando foguetes “fogo do inferno” em todos os presentes, ou seja, na maioria de israelenses, realizando um gigantesco massacre.

Na quinta-feira o MRE de “Israel” publicou uma charge um tanto ridícula afirmando que: “ninguém vai separar nosso povo – nem mesmo você Lula. Shabat Shalom!”

Em meio a estes ataques de Netaniahu e Israel Katz, a própria conta do governo de “Israel” no X/Twitter respondeu a uma pergunta sobre o Brasil afirmando que Lula é negacionista do holocausto. Nas palavras do governo sionista: “Antes ou depois de Lula negar o Holocausto?”. Isso porque Lula afirmou que “Israel” faz o equivalente ao holocausto atualmente com os palestinos, ou seja, o oposto de negar o holocausto.

A estratégia parece ter realizado o efeito oposto. Invés de acuar Lula, deixou-o em evidência internacionalmente ainda mobilizou as bases do PT. É um momento-chave, portanto, para ampliar a campanha em defesa da Palestina no Brasil.

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