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Economia nacional

Gás de cozinha aumentou quase 50% em 5 anos

Privatização e preço indexado ao dólar são a causa. É consequência da crise imperialista e da intervenção contra o País

O preço do gás de cozinha teve acréscimo de R$32,32 em 5 anos. Em 2019 era R$69,29, em 2022 atinge o maior valor R$112,90, em 2024 cai para R$101,60, teve um aumento de 46,6% no período, enquanto a inflação acumulada nesse mesmo período ficou em cerca de 30%.

Entre maio de 2019 e maio de 2024 o preço aumentou R$32,32 sendo que destes apenas R$6,54 foram reajustes da produtora Petrobrás, ao passo que R$19,38 veio das distribuidoras e revendas privatizadas em 2016. Impostos estaduais contribuíram com R$8,38 e os impostos federais com R$2,18. Nesse período os impostos estaduais, o ICMS, aumentou e os federais se reduziram.

Vemos aqui que o preço do gás aumentou devido ao aumento da margem que fica com as distribuidoras e revendas e muito pouco pela margem da produtora Petrobrás. O imposto estadual sobe enquanto o federal diminui. 

O aumento do preço do gás é devido ao fato que a partir 2016 a Petrobrás, no governo de Temer, adotou o sistema PPI(Preço de Paridade de Importação) onde os preços internos passaram a ser reajustados conforme a variação do dólar e dos preços internacionais de petróleo, penalizando o consumidor interno.

A privatização da BR Distribuidora e da Liquigás, nos governos Temer(MDB) e Bolsonaro(PL), explica o aumento da margem da atual distribuidora, Vibra. Mesmo sem aplicar aumento pela produtora os preços sobem aumentando a margem da distribuição e revenda.

O economista do DIEESE (Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio Econômicas), Cloviomar Cararine, comenta o erro da política de privatizar a BR Distribuidora, que é visto no aumento de ganhos relativos na distribuição e revenda. Isso não aconteceria se fosse mantida a distribuição e revenda pela BR e Liquigás.

Ele diz que em 2022 o preço do gás representava 9% do valor de uma cesta básica e 5% do salário mínimo. Em 2023 houve queda de 4,5% da cesta básica e 2,25% do salário mínimo. A partir desse ano o gás de cozinha passou a pesar menos no orçamento do trabalhador.

Nesses cinco anos analisados temos como composição dos aumentos os seguintes itens: o preço do botijão de 13 kg aumentou R$32,32, o preço de distribuição e revenda aumentou R$19,38, o ICMS estadual aumentou R$8,38, tributo federal reduziu R$2,18 e aumentou o preço do produtor em R$6,54, conforme a publicação da ANP (Agência Nacional do Petróleo e Gás).

O destaque para o aumento do preço do gás de cozinha se deve à adoção do preço indexado ao dólar e posteriormente à privatização da BR Distribuidora e da Liquigás, que como vimos os seus custos se elevaram demasiadamente na composição do preço. 

A retirada do imposto federal ajudou muito pouco, ao mesmo tempo que o aumento do imposto estadual piorou a composição na composição. A margem da distribuição e revenda cresceu de R$30,81 para R$50,19, um aumento de 66% aproximadamente, sendo o maior vilão do preço do gás atual.

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