Em entrevista à rede de rádio e TV do Líbano Al Mayadeen, Iraj Masjedi, conselheiro do comandante da Força Quds do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã, reiterou o apoio de seu país a um acordo de cessar-fogo e ao fim da guerra na Faixa de Gaza (“Iran supports any outcome reached by Palestinian Resistance: Advisor”, 7/5/2024). Segundo o portal libanês, o país mais poderoso do Oriente Próximo apoia a decisão dos movimentos da resistência palestina, que manifestaram apoio ao acordo de cessar-fogo negociado entre Catar, Egito e o governo dos EUA, por meio do CIA.
Na última segunda-feira (7), o partido Movimento Resistência Islâmica (“Hamas”, na sigla em árabe) informou publicamente sua concordância com a proposta de troca de prisioneiros e cessar-fogo, aguardando ainda uma resposta da liderança da ocupação israelense. O gabinete de guerra sionista, no entanto, aprovou o início de uma operação militar em Rafá, alegando que a proposta aceita pelo partido palestino estava “longe das exigências obrigatórias de Israel”.
Masjedi falou também sobre a Operação Promessa Verdadeira, realizada em retaliação à agressão israelense e responsável por colocar às claras, diante do mundo, que um novo equilíbrio de forças paira sobre o Oriente Próximo. Para o conselheiro da Força Quds, a operação serviu como um alerta sobre como o Irã responderia se seu território, pessoal ou cidadãos fossem ameaçados pelos sionistas.
Para o representante do governo iraniano, “Israel” foi obrigado a anunciar a interceptação de mísseis para encobrir a derrota, porém, o impacto da operação tornou muito claro que o episódio marca uma derrota dos invasores da Palestina e também dos Estados Unidos.
A principal força militar do planeta, os EUA foram alvos subjetivos da retaliação iraniana, segundo Masjedi, que destacou ainda que respostas muito mais duras serão dadas caso o Irã seja atacado, por “Israel” ou mesmo pelo principal Estado imperialista do mundo. Atentos ao sinal dado pelo Irã, a Casa Branca (sede do governo norte-americano) impediu o Estado sionista de tentar qualquer ato de retaliação ao Irã, levando o governo Netaniahu a dar uma resposta de faz de conta, tratada com deboche pelo regime iraniano.
As declarações de Masjedi se somam as proferidas pelo comandante Hossein Salami, da Guarda Revolucionária, que considerou que a Operação Dilúvio de al-Aqsa empreendida pela Resistência Palestina, importante para acelerar a campanha pela libertação da Palestina. As considerações de Salami foram dadas no último dia 7 e segundo ele, a ousadia do Hamas e demais grupos de levaram “Israel” a um estado de “morte clínica”.
Em sua avaliação, a Operação Promessa Verdadeira desencadeada pelo Irã, provou que “Israel” é incapaz de fazer frente aos ataques balísticos iranianos e que mesmo os EUA terão sérias dificuldades para empreender uma ofensiva contra o país asiático. Já os sionistas, por sua vez, revelaram-se frágeis demais para um enfrentamento militar contra o Hamas, colocando às claras que, de fato, a derrota final de “Israel” se aproxima.