Está claro para o mundo inteiro que o Estado fictício de “Israel” e todos os seus apoiadores imperialistas e sionistas estão levando adiante uma política de extermínio na Faixa de Gaza, seja através de bombas, seja através da fome e sede deliberada. Logo no início do genocídio mais escancarado – após o dia 7 de outubro -, o governo israelense fez questão de cortar toda a ajuda humanitária, luz, água e Internet em Gaza.
Nesse momento a situação é ainda mais delicada para os palestinos, pois, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 32.333 palestinos foram mortos e 74.694 feridos. Além disso, pelo menos 7.000 pessoas estão desaparecidas, presumivelmente mortas sob os escombros das suas casas. Organizações palestinas e internacionais afirmam que a maioria dos mortos e feridos são mulheres e crianças. Ou seja, uma matança deliberada de civis.
De acordo com o jornal The Palestine Chronicle, um funcionário da ONU descreveu a situação na enfermaria infantil do hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, onde pelo menos 15 crianças morreram devido à fome, como “absolutamente chocante”. “Fui lá porque era o hospital que registra e relata as mortes de crianças devido a problemas de desnutrição nutricional”, disse Jamie McGoldrick, coordenador interino da ONU no Território Palestiniano Ocupado, ao UN News.
“Todas as crianças daquela enfermaria têm deficiências nutricionais e estão emaciadas. Eles estão se alimentando por gotejamento e alguns deles estão em pior situação do que outros”, explicou McGoldrick. “Alguns deles têm complicações, como hepatite A ou infecções intestinais e tudo isso enfraquece o sistema imunológico”, continuou ele. “E dias antes de chegarmos lá, algumas crianças morreram e algumas das crianças daquela enfermaria estão em condições muito, muito ruins.”
Mesmo a situação sendo essa, todos os comboios de ajuda humanitária, principalmente alimentos, tiveram acesso negado na última semana no norte de Gaza pelo governo de Netaniahu. “Todos os nossos comboios de alimentos tiveram acesso negado ao Norte de Gaza esta semana. Com acesso desimpedido, essa fome provocada pelo homem ainda pode ser evitada”, disse Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês) no X, sábado (23).
Há quase dois meses a UNRWA não consegue enviar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Após alegações falsas do governo israelense, os Estados Unidos começaram a liderar uma campanha para cortar o financiamento da instituição, sob a alegação israelense de que alguns dos seus funcionários estavam envolvidos na operação de resistência de 7 de outubro. “Israel” ainda não forneceu provas das suas alegações.
Ainda em sua rede social, Lazzarini disse que “apesar da tragédia que se desenrola sob nossa supervisão, as autoridades israelenses informaram à ONU que não aprovarão mais nenhum comboio de alimentos da UNRWA para o norte”. “Isto é ultrajante e torna intencional a obstrução da assistência vital durante uma fome provocada pelo homem”, sublinhou, acrescentando que “estas restrições devem ser levantadas”.
A decisão de negar a entrada de ajuda por “Israel” foi condenada pelo Ministério de Relações Exteriores Palestino. Afirmou: “É claro que o governo israelita tem como alvo a UNRWA e trabalha para destruí-la, matar o seu pessoal e torná-la ineficaz, a fim de mudar a identidade da Faixa para que fique sem habitantes… no âmbito da guerra de ocupação para liquidar a causa palestina.”
O impedimento da ajuda em Gaza foi condenada também pelo chefe de coordenação humanitária da ONU, Martin Griffiths, disse no X no domingo que a decisão de Israel “deve ser revogada”, pois “apenas empurra milhares de pessoas para mais perto da fome”.“Instei Israel a levantar todos os impedimentos à ajuda a Gaza. Agora isso – MAIS impedimentos”, afirmou. “A UNRWA é o coração da resposta humanitária em Gaza.”
O outro foi Tedros Adhanom Ghebreyesus, chefe da Organização Mundial da Saúde, disse que impedir a UNRWA de fornecer ajuda era “na verdade, negar às pessoas famintas a capacidade de sobreviver”. E acrescentou “que os níveis de fome são agudos.” António Guterres, secretário-geral da ONU, durante uma visita ao lado egípcio da passagem de Rafah, no sábado (23), disse que a longa fila de caminhões bloqueados é “um ultraje moral”.
“Aqui, nesta travessia, vemos o sofrimento e a crueldade de tudo isso. Uma longa fila de camiões de socorro bloqueados de um lado dos portões, a longa sombra da fome do outro”, sublinhou Guterres.
O relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, Michael Fakhri, disse no início deste mês: “não há dúvida de que isto é genocídio e que esta é uma campanha e uma campanha intencional de fome de Israel contra o povo palestino em Gaza”. “Quando a guerra eclodiu, vimos pessoas passarem fome de uma forma sem precedentes. Nunca vimos nenhuma comunidade passar fome tão rapidamente. Agora o que estamos vendo é fome. As crianças estão morrendo de desnutrição e desidratação”, afirmou Fakhri.
“Nunca vimos crianças serem levadas à desnutrição tão rapidamente em qualquer conflito na história moderna”, acrescentou. “Vemos crianças morrendo de desnutrição e desidratação, esta é uma fase de horror.” acrescenta Fakhri
Além de todas as denúncias, vídeos e imagens que estamos assistindo na Internet de que se trata claramente de um novo holocausto, agora dos sionistas contra os palestinos, colonos israelenses seguem mobilizados e trancando, bloqueando e impedindo todo tipo e qualquer tentativa de entrada de ajuda humanitária no norte de Gaza:
Conforme pode ser visto no vídeo acima, o colono israelense diz expressamente que eles estão bloqueando a entrada de ajuda humanitária “para que eles [os palestinos] morram de fome”.





