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Bancários

Financiários são obrigados a engolir mais uma derrota

A tal migalha do reajuste salarial, jogada da mesa dos patrões, não significa um aumento real, nem evidentemente, repõe as perdas salariais que os trabalhadores

Os trabalhadores nas instituições de crédito, financiamento e investimento, que acabam de ter a sua campanha salarial encerrada, saem derrotados cujo motivo foi a capitulação das suas direções diante dos patrões.

Depois da derrota da categoria bancária, quando os trabalhadores saíram mais uma vez com uma mão na frente e outra atrás, através da defesa canina da burocracia sindical das propostas dos banqueiros em manter o arrocho salarial para os bancários nacionalmente aprovando o índice miseráveis 4,64% de “reajuste” salarial, agora, foi a vez dos trabalhadores financiários que, da mesma forma, tiveram a sua campanha salarial encerrada, neste dia 08, através de um acordo de dois anos, com um índice ainda mais ridículo de apenas 4% (INPC + 0,64% de “ganho real”) e em 2025 um “ganho real” de 0,3%. 

Para a burocracia sindical, que dirige o movimento dos trabalhadores financiários, tal acordo “representa uma vitória importante”; só que esqueceram de informar que a tal “vitória” se deu não para os trabalhadores e sim para os donos das instituições de crédito que, logicamente, estão brindando até agora pela vitória que eles obtiveram.

Segundo a secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes “conseguimos manter todos os direitos da CCT, assegura o reajuste pelo INPC e ainda garantir ganho real. Isso demonstra a força da  nossa mobilização” (Site Contraf-CUT 08/10/2024)

Sempre é bom lembrar (e a burocracia o sabe muito bem), que a tal migalha do reajuste salarial, jogada da mesa dos patrões, não significa um aumento real, nem evidentemente, repõe as perdas salariais que os trabalhadores tiveram ao longo dos últimos anos. A tão saldada estatística da inflação é calculada de acordo com uma média, sendo que esta média iguala elementos que são desiguais no orçamento do trabalhador. Como é o caso dos alimentos que tiveram aumentos muito superiores aos de outros produtos e eles constituem boa parte dos gastos dos trabalhadores. 

Cantar vitória para uma categoria cujo o piso salarial é de apenas R$ 2.818,00, que teve esse mesmo piso reajustado em miseráveis R$ 112,72 é coisa, nas melhores hipóteses, de verdadeiros pelegos. Vai completamente na contramão das possibilidades das instituições de crédito que lucraram e lucram bilhões de reais todos os anos.

Os financiários amargaram mais uma derrota nessa última campanha salarial. O desfecho da campanha deixou, mais uma vez, os trabalhadores de mão e pés atados por mais dois anos, diante dos patrões que, certamente, diante do aprofundamento da crise nacional e internacional, irão aprofundar ainda mais os seus ataques contra a categoria.

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