Na última sexta-feira (5), o Instituto Cultural Filarmônica, por meio da imprensa, recebeu a notícia de que o Sesi-Minas e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemg) firmaram um acordo para uma gestão compartilhada da Sala Minas Gerais, a sede da Filarmônica. O instituto afirma que, durante as negociações, não foi consultado, sendo informado de que o documento da parceria em questão prevê que a orquestra mineira desocupe a Sala Minas Gerais até julho.
“Para onde eu vou levar a orquestra? Eu não sei”, afirmou Diomar Silveira, presidente do Instituto Cultural Filarmônica. O governo do direitista Romeu Zema (Novo), por meio de nota emitida pela secretaria da Cultura, que é liderada por Leônidas de Oliveira; afirmou que “a Sala Minas Gerais é de propriedade da Codemg e cabe a ela, na forma da lei, fazer a gestão do espaço”.
Silveira, relembrando a história da sala, também destacou que se trata de uma descaracterização de seu objetivo original. “As prioridades estão invertidas. Podemos alugar o local para outras atividades, mas o prédio foi construído para ser a sede de uma orquestra”, afirmou, se referindo ao fato de que a arquitetura da Sala Minas Gerais foi inspirada na arquitetura da Pilharmonie de Berlim e da Sala São Paulo.