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Venezuela

Fantoche da CIA se declara presidente e pede golpe contra Maduro

Edmundo González apelou para que o exército e a polícia venezuelanos se levantem contra o presidente democraticamente reeleito

Por meio de comunicado publicado em sua conta oficial no X (antigo Twitter), Edmundo González se proclamou, nesta segunda-feira (5), presidente da Venezuela. “Nós ganhamos esta eleição sem qualquer discussão […] Prossiga, de imediato, a proclamação de Edmundo González Urrutia como presidente eleito da República”, diz a nota assinada por ele e por María Corina Machado.

No documento, o fantoche da CIA na Venezuela também pede que o exército e a polícia venezuelanos se levantem contra o governo Maduro e tirem o presidente democraticamente reeleito do poder à força. González ainda “oferece garantias a quem cumprir com seu dever constitucional” de golpear o presidente venezuelano.

“Membros das Forças Armadas e dos corpos policiais, atendam aos seus deveres institucionais, não reprimam o povo, acompanhem-no”, afirmam os golpistas.

Cabe ressaltar que, para “provar” suas alegações, González utiliza os resultados obtidos pelo Centro Carter, instituto de pesquisa financiado pelo imperialismo norte-americano, no que diz respeito às eleições do dia 28 de julho:

“Vocês sabem que temos as provas irrefutáveis da vitória. O relatório do Centro Carter é demolidor sobre as condições e o resultado eleitoral, enquanto Maduro tenta fabricar alguns resultados quando, além disso, o prazo legal para a publicação dos mesmos já expirou.”

Confira, abaixo, a nota na íntegra conforme tradução feita pelo Diário Causa Operária (DCO):

Venezuelanos, cidadãos militares e funcionários policiais,

Venezuela e o mundo inteiro sabem que nas eleições do passado 28 de julho nossa vitória foi esmagadora. Desde o mais humilde cidadão, testemunha, membro de mesa, oficial das Forças Armadas, polícia, até os organismos internacionais e governos, todos sabem. Com as atas em mãos, o planeta viu e reconheceu o triunfo das forças democráticas.

Fizemos a nossa parte. Realizamos a mais formidável mobilização cívica para que a vitória eleitoral fosse incontestável. É um triunfo obtido com enorme energia e firmeza, e fizemos isso em paz. Obtivemos 67% dos votos, enquanto Nicolás Maduro conseguiu 30%. Essa é a expressão da vontade popular. Vencemos em todos os estados do país e na quase totalidade dos municípios. Desta realidade são testemunhas todos os cidadãos, incluindo os membros do Plano República.

No entanto, Maduro se recusa a reconhecer que foi derrotado pelo país inteiro e, diante do legítimo protesto, lançou uma brutal ofensiva contra dirigentes democráticos, testemunhas, membros de mesa e até mesmo contra o cidadão comum, com o propósito absurdo de querer ocultar a verdade e, ao mesmo tempo, tentar encurralar os vencedores.

Fazemos um apelo à consciência de militares e policiais para que se coloquem ao lado do povo e de suas próprias famílias. Com essa violação massiva de direitos humanos, o alto comando se alinha com Maduro e seus interesses vis. Enquanto vocês estão representados por esse povo que saiu para votar, por seus companheiros das Forças Armadas Nacionais, por seus familiares e amigos, cuja vontade foi expressa no dia 28 de julho e vocês conhecem.

Estamos conscientes de que em todos os componentes das Forças Armadas Nacionais está presente a decisão de não reprimir os cidadãos que de forma pacífica reivindicam seus direitos e sua vitória. Os venezuelanos não são inimigos das Forças Armadas Nacionais. Com essa disposição, os chamamos a impedir as ações de grupos organizados pela cúpula madurista, uma combinação de esquadrões militares e policiais e grupos armados à margem do Estado, que golpeiam, torturam e também assassinam, sob o amparo do poder maligno que representam. Vocês podem e devem parar essas ações imediatamente. Urgimos a impedir o desenfreio do regime contra o povo e a respeitar, e fazer respeitar, os resultados das eleições de 28 de julho. Maduro deu um golpe de Estado que contraria toda a ordem constitucional e quer os tornar seus cúmplices.

Vocês sabem que temos as provas irrefutáveis da vitória. O relatório do Centro Carter é demolidor sobre as condições e o resultado eleitoral, enquanto Maduro tenta fabricar alguns resultados quando, além disso, o prazo legal para a publicação dos mesmos já expirou.

Membros das Forças Armadas e dos corpos policiais, atendam aos seus deveres institucionais, não reprimam o povo, acompanhem-no.

Igualmente, pedimos a todos os venezuelanos que têm mães, pais, filhos, irmãos, parceiros que são membros das Forças Armadas Nacionais ou funcionários policiais, que lhes exijam não reprimir, que desobedeçam ordens ilegais e que reconheçam a Soberania Popular, expressa nos votos do domingo, 28 de julho.

O novo governo da República, eleito democraticamente pelo povo venezuelano, oferece garantias a quem cumprir com seu dever constitucional. Além disso, destaca que não haverá impunidade. Este é um compromisso que assumimos com cada um dos venezuelanos.

Nós ganhamos esta eleição sem qualquer discussão. Foi uma avalanche eleitoral, cheia de energia e com uma organização cidadã admirável, pacífica, democrática e com resultados irreversíveis. Agora, cabe a todos nós fazer respeitar a voz do povo. Prossiga, de imediato, a proclamação de Edmundo González Urrutia como presidente eleito da República.

Caracas, 5 de agosto de 2024

Edmundo González Urrutia Presidente Eleito da Venezuela

María Corina Machado Líder das forças democráticas da Venezuela

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