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São Paulo

Faltam 5 dias para o grande ato nacional em defesa da Palestina

Manifestação acontecerá na Praça Oswaldo Cruz e seguirá para a Avenida Paulista

Manifestação pela Palestina

No domingo, 30 de junho, o Partido da Causa Operária (PCO), juntamente com os Comitês de Luta e cerca de 100 outras organizações, estão convocando um grande ato nacional em defesa da Palestina. O Partido viu a necessidade de realizar uma grande manifestação diante do horrendo massacre que “Israel” está perpetrando em Gaza. Ao mesmo tempo, a esquerda brasileira não se colocou a tarefa de organizar manifestações de verdade, se limitando a atos pequenos. Nesse sentido, será o primeiro ato realmente grande em defesa da Palestina no Brasil.

O ato já vem sendo anunciado há mais de dois meses e, agora, falta menos de uma semana. Nesse momento, os preparativos para esse ato já estão a todo vapor. Ao mesmo tempo que diversos militantes realizam uma ampla convocação na cidade de São Paulo, local onde será o ato, através da distribuição de panfletos e entrando em contato com pessoas através de telefonemas, outros organizam caravanas de diversas partes do Brasil, trazendo pessoas para a participação no ato.

Arthur Cesconetto, dirigente do PCO no Sul do País, destacou uma parceria fundamental para a caravana do Paraná. “Uma das coisas mais importantes sobre a caravana no sul é a parceria com os companheiros do MPM, que garantiu um ônibus exclusivo do Paraná, relacionado ao movimento impopular de moradia. Temos uma parceria antiga no Paraná, participando de vários movimentos, como o ‘Fora Bolsonaro’. Nosso objetivo é unir diversos movimentos da luta brasileira, em defesa da Palestina”.

Expedito Mendonça, dirigente do PCO no DF, falou sobre a importância do trabalho de articulação com diversos movimentos. “Estamos trabalhando com caravanas e temos o compromisso de levar dois ônibus. A iniciativa do PCO e dos comitês de luta tem gerado uma enorme repercussão positiva. Visitamos assentamentos da Frente Nacional de Luta, que se comprometeram a enviar no mínimo dez pessoas de cada assentamento, podendo esse número se ampliar. A participação desse setor, com muitas mulheres e crianças, reforça a luta contra os assassinatos na Faixa de Gaza”.

Uriel Roitman, coordenador da equipe de convocação do ato em São Paulo, destacou a alta taxa de confirmação. “Temos uma taxa de confirmação de quase 80% das pessoas que nos atendem. Estamos organizando caravanas de diversas cidades do interior do estado. A convocação tem sido a mais fácil que já realizamos, com as pessoas muito animadas e críticas em relação às convocações anteriores. Quem quiser se incorporar ao trabalho pode entrar em contato conosco”.

No dia 15 de junho, um jantar de apoio à Palestina foi realizado em Uberlândia, Minas Gerais. O evento contou com a presença de militantes e simpatizantes do PCO e da causa palestina, discutindo a organização de uma caravana para o ato em São Paulo. “O jantar foi um passo importante na organização da campanha em defesa da Palestina. Foi o primeiro jantar realizado em uma cidade do interior, após eventos em capitais como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte”, relatou Henrique Áreas.

Luan Monteiro destacou o trabalho no Rio de Janeiro para agrupar outras organizações. “Nosso objetivo é fechar pelo menos três caravanas, com a possibilidade de mais. Confirmamos a presença de organizações como a Frente Internacionalista dos Sem Teto (FIST) e comunidades indígenas. Estamos criando um clima de campanha na cidade, com colagens de adesivos e panfletagens diárias”.

João Scarpanti, militante do PCO em Franca, relatou a organização das caravanas. “Estamos confirmando cerca de 80 pessoas, incluindo estudantes da UNESP, operários e simpatizantes. A Comissão Estudantil para Defesa da Palestina tem sido fundamental, realizando atividades como colagens de cartazes e distribuição de panfletos. Recebemos solidariedade de diversos grupos e estudantes independentes”, afirmou Scarpanti.

Zilda de Paula, uma das organizadoras do movimento Mães de Osasco, participará do ato. Ela reivindica na justiça indenização pela chacina em Osasco, onde a polícia matou vários jovens, incluindo seu filho. “Até o momento, não há sinal de reparação. Vamos ao ato para denunciar essas injustiças”, declarou Zilda.

Stefania Rodrigues, militante do PCO, tem participado ativamente das atividades de rua. “A gente começou a convocar há aproximadamente duas semanas, ainda sem o panfleto do ato, que saiu hoje. Fazíamos isso enquanto distribuíamos aquele panfleto que explica sobre a criação do estado de Israel, sobre a mídia, e também com a venda do dossiê. Tanto com a banca quanto em atividades sem a banca, mas sempre em grupo. A aceitação é praticamente cem por cento, todo mundo concorda e dá o contato para depois receber no WhatsApp o card. As pessoas estão muito empolgadas e concordam com a defesa da resistência, sabendo que tudo que a imprensa faz é uma calúnia”, relatou Stefania.

Eduardo Lopes, militante do PCO no Rio de Janeiro, mencionou contatos estabelecidos com movimentos de luta pela moradia, como o MNLM, e outros setores. “Hoje estabelecemos contato com o MNLM, que teve uma recepção boa, e estamos aguardando retorno. Também fomos na FIST, confirmamos mais pessoas, e entramos em contato com a Aldeia Maracanã. Estabelecemos contato com a comunidade árabe do Rio de Janeiro, que recebeu muito bem os materiais, mesmo sem ainda termos os panfletos do ato”, afirmou Lopes.

Gustavo Azevedo, militante do PCO em Rio Claro, relatou as atividades na cidade. “Em Rio Claro, componho junto com outro camarada o comitê de luta contra o genocídio do povo palestino. Estamos organizando convocações por ligações e, semana que vem, iniciaremos uma mobilização de panfletagem, focando na UNESP Rio Claro. O comitê tem enfrentado perseguição política e censura intensa da direção da UNESP. Esperamos mobilizar o campus e aumentar a luta pela Palestina em Rio Claro”.

Sobre Piracicaba, Gustavo Azevedo relatou: “a expectativa é mobilizar a associação de moradores, com foco em uma associação popular e não burocrática. Estamos organizando filiados do PCO em Piracicaba para levá-los ao ato. A convocação está sendo feita presencialmente através de discussões pela diretora da associação de moradores e através de ligações”.

Os gastos envolvendo uma atividade desse porte – um ato para milhares de pessoas vindas de diversas partes do País – são muito consideráveis. Para organizações populares como o PCO, os Comitês de Luta e outras que não recebem ajuda financeira dos banqueiros, a única forma de arrecadar a quantia é através da mobilização dos simpatizantes.

Naturalmente, qualquer contribuição é bem-vinda. É preciso ter em mente que trazer ônibus do Nordeste e de outros pontos mais distantes do nosso continental país custa dezenas de milhares de reais. Isso sem falar nos gastos com materiais e outros.

Portanto, a questão da arrecadação nesta última semana também é um importante trabalho sendo realizado por toda a militância do Partido. É necessário que todos contribuam com o quanto puderem para que a atividade seja tão grandiosa quanto a causa que ela representa merece.

Em declaração enviada a este Diário, Eduardo Santana, coordenador do Centro Cultural Islâmico Imam Sadeq, reforçou o chamado à mobilização para o grande ato nacional em defesa da Palestina, que ocorrerá no dia 30 de junho. Leia o chamado na íntegra:

“Sou Eduardo Santana, servidor na educação pública há mais de 20 anos, negro, muçulmano, nordestino, coordenador do Centro Cultural Islâmico Imam Sadeq, AS, membro do Fórum da Diversidade Religiosas de Pernambuco – Diálogos, membro do Comitê de Solidariedade à Palestina de Pernambuco.

Convoco meus irmãos e irmãs muçulmanos, as pessoas de bem, progressistas, sedentas por justiça, liberdade e pela autodeterminação dos povos contra o imperialismo, a participar do ato que será realizado em São Paulo, no próximo dia 30, com concentração na praça Oswaldo Cruz, convocado por várias entidades democráticas atuantes no Brasil.

Neste importante movimento nos uniremos em prol da luta do povo palestino, denunciando o genocídio promovido pelo enclave do criminoso imperialismo na Ásia ocidental, a entidade ultranacionalista autointitulado Israel.

Não é possível que os ditos “libertários” prosseguirão omissos diante de crimes absurdos de guerra contra a humanidade, que ameaçam a paz mundial, impostos pela famigerada OTAN e pelo sionismo, aliança repugnante que deve ser combatida com todas as forças pelos que se consideram artífices da paz.

O Dr. Martin Luther King nos chamou a atenção de forma objetiva sobre o perigo da negligência diante do mal quando eternizou uma das suas impactantes frases: ‘O que mais choca neste momento não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons’.

É necessário que lutemos para que a verdade sobre a Palestina prevaleça, diante de tanta propaganda de guerra promovida pela desmoralizada grande mídia ocidental. Nós muçulmanos, por exemplo, temos um compromisso moral especial em relação à verdade, já que a coisa mais odiada pelo nosso querido Profeta Muhammad (SAAS) era justamente a mentira.

Palestina livre, do rio ao mar!!!”

A preparação para o ato, nesse sentido, envolve esforço e organização militante em todos os aspectos. Venha prestigiar essa grandiosa atividade, trazendo seus colegas e conhecidos para a Praça Oswaldo Cruz, no dia 30 de junho, às 9h, na Avenida Paulista, em São Paulo, capital.

Durante o programa Análise Política da Semana, Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, comentou sobre a importância do ato e os métodos de mobilização do partido:

“Publicamos aqui um cartaz dos comitês de luta. O ato do dia 30 foram impressos 20.000 cartazes; agora a tarefa é colocar isso aí na parede. Imprimimos 200.000 panfletos convocando o ato que já estão sendo distribuídos. É a primeira oportunidade que a gente tem de fazer uma campanha em torno do ato. Queria explicar uma coisa muito importante, que é uma divergência de método que temos com o conjunto da esquerda. Grupos de esquerda, principalmente em São Paulo, adotam o seguinte procedimento: aparecem numa quinta-feira e falam que vão fazer um ato no sábado. Publicam um card na internet e falam em alguns grupos que vai ter o ato. Aí você vai pro ato e não levam absolutamente ninguém. Nós, no entanto, entendemos que a questão é outra, que o problema tão importante quanto fazer o ato é a campanha política.

Quando estamos convocando o ato, fomos nas mesquitas da comunidade muçulmana em São Paulo. Criamos um clima de campanha, distribuímos panfletos em vários lugares, fazemos uma campanha grande na internet, publicamos mensagens, colamos cartazes e adesivos. Isso é uma campanha política até mais importante do que o ato. Perdemos um pouco o pé na convocação do ato que poderia ter sido maior, mas nos atrasamos para tirar o material. De qualquer maneira, estamos pela primeira vez fazendo uma verdadeira campanha política em torno do ato.

Não é só fazer o ato e um discurso. A campanha é decisiva. Com a experiência desse ato, podemos fazer isso de formas diferentes outras vezes. O problema da Palestina estará no centro dos acontecimentos ainda durante um bom período. Queria reiterar o chamado para todas as pessoas que apoiam a causa Palestina para atuar na convocação do ato, divulgar o mais amplamente possível. Estamos distribuindo panfletos na porta do metrô, em pontos de concentração de ônibus, estação de trem, escolas, locais de trabalho, em vários lugares. Quem puder e quiser participar, entre em contato e participe da campanha. A campanha vai atingir um milhão de pessoas; no ato, estarão presentes alguns milhares de pessoas.

Publicamos 100.000 panfletos sobre o Hamas, que causou escândalo na imprensa burguesa, que fala que o PCO está defendendo terroristas. Segundo a imprensa, o Hamas matou 1200 civis, o que é uma mentira. Publicamos 100.000 panfletos e vamos publicar muito mais. Paramos de publicar o panfleto do Hamas para publicar o material do ato.

Surgiu um incidente em que alguns setores falaram contra o ato, dizendo que o PCO quer ser dono do ato, excluindo pessoas. Procuramos todo mundo para participar do ato, procuramos muitas organizações de esquerda. No ato, qualquer pessoa pode falar, mesmo que não gostemos do grupo político que representa. Não haverá exclusão. A palavra de ordem é clara: não à ocupação da Faixa de Gaza, fim dos bombardeios, não ao genocídio do povo palestino, fora o imperialismo do Oriente Médio, Brasil deve cortar relações com Israel, Palestina livre. Vá ao ato e defenda suas posições. Ninguém será excluído. Levem suas bandeiras, desde que não sejam de Israel.

Nós temos quase 100 entidades apoiando a convocação do ato. Todos são bem-vindos para defender a Palestina”.

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