Segundo pesquisa feita pelo Kantar Ibope, divulgada pelo Google na última quarta-feira (9), o YouTube é mais acompanhado pelo público do que a Globo e as outras quatro grandes redes de televisão do País.
Os dados do instituto indicam que a plataforma é a mais popular entre os brasileiros com 18 anos ou mais. Apenas por meio de televisões conectadas à Internet, a pesquisa diz que mais de 75 milhões de pessoas assistem ao YouTube, superando as 73 milhões de pessoas que assistem a todas as emissoras juntas.
Este levantamento mostra por que a burguesia precisa controlar a Internet e, portanto, impor uma censura cada vez mais dura contra seus usuários.
A Internet, seja por meio do YouTube, do X, do Facebook, ou de outros, colocou em xeque o controle que a grande imprensa tem sobre a informação, fazendo com que as pessoas possam divulgar e discutir aquilo que os monopólios da comunicação não querem que seja discutido.
Esse fenômeno, de popularização das plataformas digitais, representa um golpe importante à imprensa tradicional. Com o declínio da audiência das grandes emissoras e a ascensão de alternativas independentes na Internet, a burguesia vê a necessidade urgente de reaver o controle do que é divulgado, sob o pretexto de “combate às fake news”.
A tentativa de cercear a liberdade de expressão nas redes sociais, promovida por projetos de lei que visam censurar canais, bloquear perfis e retirar do ar publicações que não estejam alinhadas aos interesses do imperialismo, é expressão do desespero da grande imprensa. Afinal, ela não tem mais o monopólio da informação, que antes lhe garantia o poder de decidir o que é ou não relevante, verdadeiro ou falso.
Ao controlar a informação, a burguesia sempre conseguiu manipular a realidade, rotulando como “terroristas”, por exemplo, qualquer oposição ao regime imperialista. É o que está sendo visto no caso da Palestina e do Hamas, principal alvo da mais nova investida do imperialismo nas redes sociais.
No entanto, com a crescente migração dos brasileiros para plataformas online e independentes, a imprensa tradicional vê seu poder ameaçado. Por isso, é crucial para os monopólios que haja uma “regulamentação” da Internet, para que ela volte a ser um espaço sob controle da burguesia.