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Política Internacional

Extrema direita é a grande vencedora das eleições na Europa

O resultado das eleições para o Parlamento Europeu são mais uma expressão da crise dos “democratas” imperialistas

Eleitores de toda a Europa foram às urnas durante a última semana para decidir qual será a formação da legislatura do Parlamento Europeu pelos próximos cinco anos. São 720 novos representantes, eleitos pelos cidadãos dos 27 países membros da União Europeia. 

A definição das 720 cadeiras é proporcional ao tamanho da população de cada país. Alemanha (96), França (81), Itália (76), Espanha (61) e Polônia (53) são os que elegem mais eurodeputados.

Até o fechamento desta edição, os dados parciais de apuração indicavam que os partidos tradicionais da direita deveriam conquistar a maioria das cadeiras do Parlamento. No entanto, esse não é o dado principal das eleições. O fato mais importante do pleito foi o avanço da extrema direita e a diminuição das cadeiras dos partidos da direita tradicional.

Segundo as primeiras projeções divulgadas, o Partido Popular Europeu, que abriga os principais partidos da direita tradicional, como a União Democrata-Cristã (Alemanha), os Republicanos (França) e o Partido Popular (Espanha); perdeu uma cadeira. Os social-democratas, até então a segunda força das eleições europeias, deverão perder 11 cadeiras na comparação com cinco anos atrás. Por sua vez, o Renovar a Europa, composto pelos ditos “liberais”, cujo principal representante é o partido francês Renascimento, de Emmanuel Macron, perdeu 26 cadeiras. O bloco tradicional da direita sofreu um retrocesso claro.

Essas três correntes fornecem sustentação e apoio à atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que tenta a reeleição. O crescimento da extrema direita, todavia, abala de maneira decisiva o controle do regime político europeu pelos partidos tradicionais da burguesia. 

O grupo dos Conservadores e Reformistas, liderado pela primeira-ministra italiana da extrema direita, Giorgia Meloni, deve conquistar 71 vagas, alta de nove em relação a 2019.

Outro representante da extrema direita, o Identidade e Democracia, que inclui o partido da francesa Marine Le Pen, deve ficar com 62 cadeiras. Semanas antes da votação, o grupo expulsou a sigla alemã Alternativa para a Alemanha (AfD), o que havia diminuído o tamanho da bancada inicial de 2019 de 73 para 49. 

Juntas, as bancadas de Meloni e Le Pen podem somar 133 cadeiras, o que as posicionaria em pé de igualdade com os social-democratas.

Após a derrota de seu partido, Macron foi empurrado a decidir pela dissolução do parlamento francês e a convocar novas eleições, sinal evidente de crise do domínio dos partidos que até então dominavam o regime.

Na Alemanha, o partido AfD foi o grande vencedor. Hoje com 11 cadeiras no legislativo europeu, o AfD passará a contar com 17 assentos, segundo as projeções. Já os social-democratas (SPD), do primeiro-ministro Olaf Scholz, terminaram a disputa com 14% dos votos, em terceiro lugar, e devem ficar com 14 cadeiras, duas a menos que em 2019. 

Na Holanda, O PVV (Partido da Liberdade, em tradução livre), de direita, conseguiu eleger sete parlamentares para o Legislativo da União Europeia. No pleito de 2019, o partido alcançou só uma vaga.

O Partido da Liberdade, de extrema direita, da Áustria, também comemorou no domingo, depois que as previsões mostraram que ele ficou em primeiro lugar pela primeira vez.

Na Bélgica, o primeiro-ministro, Alexander De Croo, admitiu a derrota de seu partido Liberais e Democratas Flamengos (Open VLD), que pertence à base de apoio de Ursula von der Leyen, nas eleições nacionais e apelou à formação de um novo governo. O partido foi de 12 para oito cadeiras no Parlamento. “Esta é uma noite extremamente difícil para nós. Perdemos esta eleição. Este não é o resultado que esperávamos. Assumo a responsabilidade por isso“, afirmou o dirigente belga. 

Desde as últimas eleições para o Parlamento Europeu, em 2019, partidos de extrema direita foram eleitos na Itália e na Eslováquia, além de manter a supremacia na Hungria, governada por Viktor Orbán há quase 15 anos. Eles também fazem parte das coligações de governo em outros países como Suécia e Finlândia.

O resultado das eleições para o Parlamento Europeu são mais uma expressão da crise dos “democratas” imperialistas. A política neoliberal, o apoio à OTAN e a sustentação da Ucrânia no conflito com a Rússia são aspectos da política da direita tradicional que foram postos em xeque nas eleições europeias. E é a extrema direita que tem angariado cada vez mais apoio diante da crise dessas políticas.

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