O Comando Geral do Exército e das Forças Armadas Sírias anunciou oficialmente a retirada de suas tropas de Hama (cidade no noroeste da Síria, entre Alepo e Damasco, capital). A justificativa oficial para a retirada foi que ela se deu para “para preservar vidas civis e evitar combates urbanos“, afirmando que nos últimos dias a tropas sírias teriam travado “batalhas ferozes” na tentativa de repelir ataques “violentos e sucessivos” das milícias pró-imperialistas, especialmente o Haiat Tahrir-al-Sham (HTS), a Al-Qaeda na Síria. .
A retirada e seu anúncio ocorrem após dias de avanços sucessivos dos mercenários imperialistas em direção a Hamã, capturando aldeias e pequenas cidades no caminho. Nos últimos dois dias, passou a ser noticiado em diversos canais de Telegram, de espectros políticos diferentes, que os mercenários da Al-Qaeda haviam invadido Hamã pelo nordeste, chegando a capturar o aeroporto da cidade. Durante os cinco dias em que a cidade resistiu à ofensiva dos mercenários imperialistas, o Exército Árabe Sírio e órgãos de imprensa estatais negaram os avanços da Al-Qaeda.
Segundo informações ainda não confirmadas, a Al-Qaeda, após ter recebido reforços pesados uma vez capturada Hamã, já estaria rumando a Homs, a última grande cidade em Hamã e Damasco, capital da Síria. Paralelamente à queda de Hamã, a cidade próxima de Salamiá, teria sido capturada sem resistência pelo Exército Nacional Sírio (milícia apoiada pela Turquia), cujos mercenários também já teriam partido em direção a Homs, abrindo a provável ofensiva em pelo menos duas frentes.