Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Guerra em Gaza

Exclusivo: sofrimento de palestinos feridos em hospital no Catar

Rui Costa Pimenta: as pessoas que defendem isso são capazes da qualquer coisa, é difícil não tirar essa conclusão

Durante a Análise Política da Semana, que vai ao ar todo sábado às 13h – essa última aconteceu excepcionalmente no domingo às 14h – por conta da viagem ao qual o presidente do PCO esteve no Catar para reuniões, conversas e entrevistas com lideranças do Hamas e palestinos em geral, Rui Costa Pimenta, teve a oportunidade de visitar um hospital em Doa onde há várias pessoas vindos da Faixa de Gaza feridos e mutilados por conta dos bombardeios israelenese.

De oitenta mil feridos, apenas 4 mil pessoas conseguiram sair de Gaza. É importante ressaltar que praticamente todos os hospitais e locais onde se estão cuidando de feridos em Gaza foram ou estão praticamente destruídos. De acordo com Rui Costa Pimenta, os feridos que se encontram recuperando em Doa são aqueles que foram atingidos por bombas logo no início dos ataques, no mês de outubro. “Com todos palestinos que conversamos no Catar, sem exceção, já perderam algum parente ou familiar próximo” afirmou.

Um ponto característico da situação informado por pessoas que estão nesses hospitais e que configura mais um crime de guerra ao qual “Israel” poderia ser imputado é que eles não permitem que os feridos mais graves saiam de Gaza para tratamento. Ou seja, cerca de 76 mil palestinos continuam em “hospitais” – ou o que sobraram deles – sem água, sem comida, sem energia, sem remédio, etc. “A expectativa deles é que principalmente os feridos graves não saiam de Gaza, sendo assim eles não teriam tratamento adequado e simplesmente irão morrer, é uma coisa monstruosa” – afirma Rui Costa Pimenta.

O local visitado pelo presidente do PCO, em Doa, tinha uma pequena parte dessas pessoas em fase de recuperação e tratamento. Os visitantes brasileiros ficaram surpresos com a quantidade de palestinos que frequentam esses hospitais – mesmo não fazendo parte da equipe da unidade de saúde – para dar algum tipo de apoio ou solidariedade, levar algum mimo, ver como estão os feridos e etc. De acordo com Rui Pimenta, são muitos os palestinos que moram fora da Palestina. 

No início da visita ao hospital, a delegação do PCO, foi instigada a não se emocionar muito e tentar passar algo positivo para os feridos. Rui conta que viu e conversou com cerca de “uma dúzia de pessoas”. “A princípio vimos duas irmãs, uma delas teve algumas rupturas de órgãos, mas já tinha se recuperado e outra estava com a perna quebrada. Nos relataram que elas perderam toda a família e um tanque israelense passou por cima dos escombros onde elas estavam.” disse Rui Costa Pimenta.

“Conhecemos um rapaz que era jogador de futebol, que perdeu a perna, conversamos com um menino de 14 anos que perdeu uma irmã de 3 anos e a mãe e ele estava lá sozinho porque os israelenses não permitem que o pai dele saia (de Gaza). Ele fez a declaração mais contundente de todos, ele falou: ‘eu quero me vingar do que fizeram com minha mãe e minha irmã” Declarou o presidente do PCO.

Os relatos chocantes durante a Análise Política da Semana foram surpreendentemente emocionantes. Apesar de toda essa situação, Rui Costa Pimenta, coloca que o que viram nesse hospital “é apenas um fragmento da realidade, multiplique isso por 80 mil pessoas é coisa mais horrenda e criminosa que já vimos na história, era difícil realmente se controlar com o que estamos vendo”.

 “Vimos uma moça que relatou a seguinte situação – ela é professora de inglês – ela estava dormindo, e de repente ela acordou no meio da rua, ela viu o marido dela que tinha perdido os dois braços e uma perna, ela ficou falando com o marido que estava em choque logicamente, o cidadão perguntava onde está meu braço, esses tipos de coisa, e aí ele morreu ali… ela perdeu uma perna. Vimos uma moça que tinha acabado de entrar na universidade, também explodiram a casa dela, ela quebrou as duas pernas em vários lugares, uma delas estava imobilizada. Vimos um rapaz que perdeu as duas pernas e lutava contra uma infecção generalizada, com bastante dor”. Conta Rui Costa Pimenta.

Mesmo com todo esse sofrimento, Rui Costa falou que tanto as vítimas como o pessoal que trabalha no hospital e também aqueles palestinos que fazem as visitas de apoio, tentam ser bastante otimistas e colocar a situação sempre por uma positiva. “Não se via o pessoal ali chorando nem se lamentando, eles procuravam manter um espírito bastante positivo, os palestinos são realmente um povo extraordinário, eles estão vivendo intensamente toda essa situação e tratam tudo com uma grande capacidade de resistência ” – completa Rui Pimenta. 

 

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.