A rede russa RT noticiou mais uma investida do imperialismo contra a China. O presidente derrotado nas últimas eleições nos Estados Unidos, Joe Biden, no apagar das luzes do seu governo, toma mais uma ação para estimular conflitos na ásia. O pacote da vez envolve “ajuda militar” de 571,3 milhões de dólares para Taiuã (Formosa), que faz parte da República Popular da China, além da venda de armamento no valor de 265 milhões de dólares. Mesmo tendo aderido oficialmente à política de “Uma Só China”, os Estados Unidos seguem estimulando o separatismo para enfraquecer o gigante asiático.
Também russo, o sítio Sputnik Brasil repercutiu declaração do porta-voz do Gabinete dos Assuntos de Taiuã do Conselho de Estado da China, Zhu Fenglian:
“Esta posição é consistente e clara. Os movimentos dos EUA violam seriamente o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos entre China e EUA, especialmente o Comunicado de 17 de agosto, e contradizem o sério compromisso feito por seus líderes de não apoiar a independência de Taiuã”.
O comunicado de 17 de agosto de 1982 estabelece que os Estados Unidos “não têm intenção de infringir a soberania e a integridade territorial da China ou interferir nos assuntos da China ou seguir uma política de ‘duas Chinas’ ou ‘uma China, uma Taiuã’ “. Ocorre que imperialismo não respeita nenhum acordo.
Ao mesmo tempo que cobram rigorosamente o cumprimento de leis e acordos por parte dos países atrasados, os países imperialistas não dão a mínima para cumprir sua parte ou respeitar as tais “leis internacionais”. Postura que ficou escancarada conforme avança o genocídio do povo palestino, especialmente na Faixa de Gaza.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Mao Ning, foi mais enérgico em declaração reproduzida na Sputnik Brasil:
“A questão de Taiuã está no cerne dos interesses essenciais da China e é a primeira linha vermelha que não pode ser cruzada nas relações China-EUA. Ajudar a independência de Taiuã armando Taiuã é como brincar com fogo e vai queimar os EUA, e usar a questão de Taiuã para conter a China está fadado ao fracasso. Tomaremos todas as medidas necessárias para defender firmemente a soberania nacional, a segurança e a integridade territorial”.
O apontamento da ilha chinesa como uma “linha vermelha” já havia sido feito por Xi Jinping diretamente a Biden em novembro:
“A questão de Taiuã, democracia e direitos humanos, o caminho e sistema da China, e o direito de desenvolvimento da China são quatro linhas vermelhas para a China. Elas não devem ser desafiadas. Essas são as mais importantes barreiras e redes de segurança para as relações China-EUA”.
O recente pacote militar para Taiuã se soma a uma série de outros realizados nos últimos meses e anos, numa crescente intensificação das tensões com a China. E, observando num quadro mais amplo, essas iniciativas em Taiuã se somam a diversas ações do imperialismo no entorno da Rússia e do Irã especialmente, entre outras ações de desestabilização em países de menor escala.
Uma marca fundamental do último governo Biden, que jogou gasolina na fogueira de vários focos de conflito mundo afora. Um governo que mesmo derrotado, segue tentando garantir a persistência desses conflitos.
Agora, se algo vai mudar substancialmente no governo de Donald Trump, só o tempo vai dizer. Mas o governo atual está se esforçando muito na sua reta final para tentar bloquear qualquer mudança importante nesse sentido. Tanto que intensificou as ações nas três grandes frentes de batalha atuais do imperialismo: Ucrânia, Oriente Médio e a China.
Enquanto o imperialismo age como uma agressividade desmedida, Rússia, China e Irã seguem reagindo como moderação. O tempo vai dizer se essa postura será suficiente para segurar o ímpeto destrutivo da besta imperialista.