Pena de morte
EUA executam homem negro possivelmente inocente
A pena capital é um resquício medieval que ainda existe nos EUA, ela em si é pior que qualquer crime comum
Marcellus Williams, um homem negro de 55 anos, foi executado no estado do Missouri, EUA, apesar dos esforços da Procuradoria para reverter sua condenação. Esta foi a segunda execução de um homem negro em poucos dias nos EUA, após Khalil Allah, na Carolina do Sul. Williams foi condenado em 1998 pelo suposto assassinato da jornalista Lisha Gayle, baseado em depoimentos de testemunhas que receberam uma recompensa, mas não havia provas físicas que o conectassem ao crime.
Em 2017, um exame de DNA na arma do crime revelou material genético de uma pessoa desconhecida, não de Williams. Isso levou o então governador do Missouri, Eric Greitens, a adiar sua execução e formar um painel de juízes independentes para revisar o caso. Contudo, quando o novo governador, Mike Parson, assumiu, o painel foi dispensado e a execução foi remarcada.
O novo procurador de Saint Louis, Wesley Bell, entrou na Justiça para reverter a decisão, citando erros no julgamento, incluindo a exclusão de jurados negros. Bell até propôs um acordo para trocar a pena de morte por prisão perpétua, mas a Suprema Corte do Missouri rejeitou o pedido.
Apesar dos esforços legais para salvar a vida de Williams, ele foi executado, assistido por seus advogados e seu filho. Sua advogada, Tricia Bushnell, condenou a execução, considerando-a de um abuso de poder do Estado, defendeu a necessidade de reforma no sistema judiciário.
O caso mostra o absurdo da pena de morte. Se o Judicário é uma máquina de repressão da população operária, e no caso dos EUA, a população negra. A pena de morte é uma lei de extermínio dessa população. A pena de morte em si é contra a ideia de que o cidadão tem o direito de voltar a sociedade, é uma legislação medieval.