Conforme noticiado pelo jornal The Washington Post nesta segunda-feira (09), autoridades dos EUA e do Reino Unido estão em contato com Hayat Tahrir al-Sham (HTS), grupo que liderou o golpe imperialista contra Bashar al-Assad, e não descartam a possibilidade de removê-lo da lista de organizações terroristas do imperialismo.
Segundo o Post, “a queda do regime de Assad cumpre um antigo objetivo da política externa dos EUA, depois que a Rússia e o Irã apoiaram Assad em meio aos esforços do governo Obama para derrubá-lo”. Sobre isto, o órgão de imprensa The Cradle relembra entrevista de James Jeffrey, ex-enviado especial dos EUA para a Síria, que em 2021 afirmou que o HTS, uma ramificação da Al-Qaeda, era “opção menos ruim das várias opções em Idlib, e Idlib é um dos lugares mais importantes na Síria, que é um dos lugares mais importantes agora no Oriente Médio”.
Conforme o Washington Post, citando autoridades do governo norte-americano, a avaliação é de que “temos que ser inteligentes… e também muito conscientes e pragmáticos sobre as realidades no terreno”, e que a Casa Branca faz uma “avaliação em tempo real” sobre o HTS. No mesmo sentido, o Ministro do Gabinete Pat McFadden, do Reino Unido, disse à emissora BBC que retirar o HTS da lista de terroristas seria uma “decisão relativamente rápida”, em razão da situação “muito fluida” na Síria. O HTS foi adicionado à lista em 2017, como um pseudônimo da Al-Qaeda.